Agente prisional recebe R$ 15 mil e facilita fuga
O governador Blairo Maggi assinou em despacho a demissão do agente prisional Durval Borges Cassimiro. Ocorre que após aberto processo de investigação sobre a conduta do agente após uma fuga de 11 reeducandos da cadeia pública de Alta Floresta (a 765 Km de Cuiabá) em 2006, foi constatado que Durval facilitou a debandada dos internos após ter recebido dinheiro. No total a propina recebida pelo agente foi de R$ 15 mil. A fuga foi "encomendada" pelo ex-reeducando Claudionésio Ramos, vulgo "Negão", que teria pago R$ 5 mil pela soltura indevida da detenta Inês Lopes que, posteriormente, em depoimento confirmou a participação do agente prisional. Já o detento Amarildo Soares de Pinho pagou o valor de R$ 10 mil a Durval para facilitação na fuga dos demais.
A Procuradora do Estado, Dra. Marcia Palmiro ratificou o parecer da comissão processante em recomendar a demissão do agente prisional Durval Borges Cassimiro, conhecido pela alcunha de "Sam". Nos autos do processo várias provas, inclusive em depoimentos, foram decisivas para a demissão do investigado. A barra de ferro utilizada para cavar uma espécie de túneo entre as celas B e C e assim permitir a fuga, foi vista dentro do armário de "Sam".
A detenta Inês disse em depoimento que "Sam veio até a minha cela, destrancou o cadeado. Aí eu saí e me juntei aos outros que estavam fugindo". O reeducando Mizael Alves pinto que, assim como Inês, foi recuperado, confirmou a participação do agente em sua fuga. "Durante a escavação do buraco, o agente Sam sinalizou umas três vezes para que os presos fizessem silêncio". Sobre a decisão em recomendar a demissão do agente, verificada sua culpa nesta ação, publicou-se no Diário Oficial o despacho do governador, onde parte do relatório diz: "a postura daquele agente prisional se distanciou dos deveres inerentes ao mister que lhe foi confiado".
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