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Economia
Segunda - 17 de Novembro de 2008 às 13:44
Por: Mariana Oliveira

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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda (17) que as medidas tomadas pelo governo federal e pelo Banco Central em relação à crise financeira internacional não vão "isolar" o Brasil da crise internacional, mas disse que o país crescerá acima da média mundial nos próximos anos.

"As medidas não vão isolar o Brasil da crise. Há uma desaceleração, mas o país vai crescer acima da média mundial (...). A desaceleração ocorrerá em escala muito menor que nos outros países", afirmou Meirelles no 4º Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o presidente do Banco Central, é um erro achar que um país pode se manter isolado em relação a uma crise como a atual. "Isso não é viável. Já se tentou fazer isso outras vezes. Mais para a frente, os efeitos da crise podem ser piores", disse.

Meirelles explicou a empresários os motivos da crise e disse que o Brasil só sentiu os efeitos após a quebra do banco Lehman Brothers. Durante a palestra, ele comparou a crise atual com a crise de 1929 e disse que o diferencial positivo é que, desta vez, as medidas foram tomadas mais rapidamente.

"O mercado demorou um pouco a reconhecer esta crise, mas quando o fez, foi de forma abrupta", declarou.

Sobre a reunião do G20 no último final de semana, Meirelles afirmou que os países emergentes terão "papel importante" para a superação da crise.

"O G20 está se tornando o mais importante órgão, a médio prazo, de discussão da crise, podendo, a longo prazo, ocupar o papel do G7 porque os emergentes têm papel importante", declarou.

Montadoras

Segundo Henrique Meirelles, dados recentes da indústria automobilística mostram uma melhora no repasse de crédito dos bancos das montadoras para os consumidores.

"Nos últimos dois ou três dias, já há quase uma regularização do crédito dos bancos das montadoras. Isso vai aparecer nos próximos dados [a serem] divulgados", declarou.

Reforma tributária

Ao mencionar os desafios do país para minimizar os efeitos da crise, Meirelles pediu que os parlamentares não paralisem as discussões sobre a reforma tributária. "Não podemos deixar que a crise atrase muito essa discussão", afirmou.





Fonte: G1

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