Tratamento do câncer pode levar à perda óssea, diz estudo
O tratamento para os cânceres de mama e de próstata pode promover a perda óssea, segundo estudo publicado no Journal of Clinical Oncology. Realizada em conjunto por diversas universidades canadenses, a pesquisa explica como a perda de massa óssea pode afetar as pessoas com câncer de mama e de próstata, aumentando seu risco de osteoporose e fraturas.
Avaliando dados de mais de 3,5 mil estudos sobre câncer de mama e câncer de próstata, os pesquisadores concluíram que os pacientes com câncer de mama tratados com inibidores de aromatase são mais propensos a ter perda óssea e fraturas. Da mesma forma, homens que recebem terapia de deprivação de androgênio para o tratamento do câncer de próstata teriam maior risco de problemas ósseos.
“A consciência da incidência de perda óssea relacionada ao câncer levanta questões para os médicos, que deveriam identificar aqueles pacientes que estão sob maior risco de fraturas, e prescrever estratégias de tratamento”, destacou o pesquisador Fred Saad, diretor de oncologia urológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Montreal.
Por outro lado, a utilização de inibidores de reabsorção óssea pareceu proteger as pacientes com câncer de mama dessa perda óssea. “O osso é um tecido dinâmico que sofre um processo cíclico de quebra e reconstrução. E medicamentos chamados bisfosfonatos ajudam com o processo de reconstrução e tem sido usados com sucesso para o combate à osteoporose, o que é uma boa notícia para pacientes com câncer”, explicou o autor .
Os pesquisadores destacam que, apesar de estar claro que os bisfosfonatos atenuam a perda óssea, mais estudos são necessários para estabelecer a dose adequada e os efeitos em longo prazo. Além disso, para combater a perda óssea são recomendados exercícios, vitamina D e parar de fumar.
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