Policiais militares acompanham, desarmados, a manifestação de hoje
Cerca de 80 policiais militares foram escalados para fazer a segurança, durante a manifestação que ocorre nesta quarta-feira (19) em Cuiabá. A concentração dos protestos é na Praça Alencastro, no centro da cidade.
Segundo o tenente-coronel da Polícia Militar, Paulo Serbija, os militares estão desarmados – eles portam apenas um bastão – e irão atuar de forma a garantir a segurança dos manifestantes e no controle do trânsito na região central.
“Hoje, se trata de um movimento pequeno e teremos apenas policiais dos batalhões ordinário e de trânsito. Os policiais vão acompanhar o movimento e irão dialogar com os manifestantes, mas não vamos usar nenhum tipo de arma química, sem necessidade”, afirmou.
Serbija explicou que as tropas da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estarão de reserva e aquarteladas (confinadas nos quartéis), sendo acionadas somente em casos extremos vandalismo, danos ao patrimônio público ou situações com reféns e explosivos.
Nesses casos, o uso de armamentos não-letais e químicos – como balas de borracha, sprays de pimenta, gás lacrimogênio e bombas de efeito moral – estará liberado.
O tenente-coronel afirmou que a PM de Mato Grosso não irá agir com violência gratuita e pediu para que, caso os manifestantes identifiquem baderneiros atuando no meio do protesto, informem a polícia para evitar que a situação de vandalismo se propague.
“As pessoas têm que entender que a polícia não é contra as manifestações, somos a favor. É um direito de todos os cidadãos. Esperamos que seja um ato sem violência e estaremos lá para garantir a segurança dos próprios manifestantes. Queremos que nos ajudem a fazer deste um ato pacífico”, disse.
A Polícia Militar ainda orientou a população para que evite circular com veículos nos horários e trajetos das manifestações que ocorrem hoje e amanhã (20) na Capital.
Protesto
O protesto que acontece hoje na Capital será em defesa da redução do preço da tarifa do transporte público – agora fixada em R$ 2,85 –, por melhorias dos coletivos e dos pontos de ônibus.
A concentração teve início às 17h, na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura da Capital.
De lá, os manifestantes seguem pela Avenida Getúlio Vargas, descem pela Avenida Isaac Póvoas e sobem a Rua Barão de Melgaço, até a sede da Câmara Municipal.
O objetivo, segundo um dos organizadores do ato, Caiubi Kuhn, é marcar presença tanto no Poder Executivo como no Legislativo, cobrando a redução da tarifa do transporte público e melhorias no setor.
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