Mulher dá à luz depois de receber ovário inteiro
Uma mulher de 39 anos deu à luz uma menina em Londres depois ter sido a primeira paciente a receber um ovário inteiro em um transplante.
O bebê, pesando 3,6 kg, é filha de uma alemã casada com um britânico e que havia ficado estéril aos 15 anos.
Anteriormente, outras mulheres haviam tido filhos depois de receber partes menores do tecido ovariano.
A mulher conseguiu engravidar naturalmente depois de receber o ovário de sua irmã gêmea.
Há relatos de que ela não tinha planos de engravidar. O transplante foi feito com a esperança de que pudesse aliviar os sintomas de uma menopausa adiantada e restaurasse a sua menstruação.
O cirurgião Sherman Silber, que realizou o transplante no Centro de Infertilidade de St Louis, no Missouri, anunciou o fato durante uma conferência da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva em San Francisco.
Rejeição
O ovário foi implantado com um risco mínimo de rejeição pela paciente, usando técnicas microcirúrgicas para atar o órgão à corrente sangüínea e mantê-lo ao lado das trompas para que os óvulos pudessem seguir em direção ao útero.
Segundo Silber, o transplante de um ovário inteiro tem mais chances de durar por mais tempo do que o transplante de tecido ovariano e pode permitir que o ovário de uma mulher seja retirado e colocado de volta depois de um longo período armazenado.
Isso poderia fazer com que mulheres que estão adiando a gravidez devido à carreira ou outras razões tenham mais chances de ter um bebê mais tarde.
A Sociedade Britânica de Fertilidade apóia o uso do procedimento para preservar a fertilidade antes de um tratamento de câncer, em vez de ser usado para estender a fertilidade.
O porta-voz do órgão, Laurence Shaw, disse que "para retardar a gravidez, existem outras técnicas, como o congelamento de óvulos, que seriam mais apropriadas".
"Eu imagino que o congelamento de um ovário em longo prazo causaria tantos dados como a deterioração devido à idade", afirmou.
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