Dieese: valor da Cesta Básica volta a subir após dois meses
Após dois meses com preços em queda, os gêneros alimentícios essenciais voltaram a apresentar predomínio de alta em outubro, segundo apurou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Pesquisa Nacional da Cesta Básica - que passa a acompanhar os preços em 17 capitais, com a inclusão de Manaus (AM).
Apenas duas cidades não registraram aumento, Brasília (-0,27%) e João Pessoa (-0,28%). Os aumentos mais expressivos ocorreram em Fortaleza (8,07%), Natal (7,99%), Manaus (5,79%), Salvador (4,8%) e Vitória (4,13%).
Como o preço dos gêneros essenciais subiu mais em Porto Alegre (3,3%) que em São Paulo (1,48%), as duas cidades inverteram a posição e a capital gaúcha registrou o maior custo para a cesta básica (R$ 239,82), enquanto em São Paulo seu valor ficou em R$ 238,15. A terceira cidade mais cara foi Florianópolis (R$ 228,44). Os menores valores foram apurados em Recife (R$ 169,40) e João Pessoa (R$ 177,32).
Com base no maior custo apurado, no mês de outubro na cidade de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir asdespesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valordo salário mínimo necessário.
Em outubro, o salário mínimo necessário deveria ser R$ 2.014,73, isto é, 4,85 vezes o piso nacional (R$ 415,00), maior, portanto, que o de setembro quando correspondia a R$ 1.971,55, ou seja, 4,75 vezes o piso em vigor.
Em outubro de 2007, o salário mínimo necessário foi estimado em R$ 1.797,56 e correspondia a 4,73 vezes o mínimo oficial (R$ 380,00).
No ano, apenas cinco capitais apresentaram variação acumulada inferior a 10%: Belém (2,79%), Aracaju (5,21%), Goiânia (6%), Belo Horizonte (8,75%) e Recife (9%).
Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (19,71%), Curitiba (18,25%), Natal (18,06%), Fortaleza (15,79%) e Salvador (15,06%). Não existem dados acumulados para Manaus, uma vez que os preços só começaram a ser levantados em setembro.
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