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Economia
Quinta - 06 de Novembro de 2008 às 12:59

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O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) avalia que os efeitos da crise internacional na economia brasileira pode reduzir a necessidade de aumento dos juros para segurar a inflação. Não estão descartados, no entanto, novos aumentos da taxa básica no futuro.

A informação faz parte da ata da última reunião do Copom, quando o BC decidiu interromper a seqüência de alta dos juros e manteve a taxa Selic inalterada em 13,75% ao ano.

"Os efeitos da crise internacional sobre as condições financeiras internas indicam que a contribuição do crédito para a sustentação da demanda doméstica pode arrefecer de forma mais intensa do que o que seria determinado exclusivamente pelos efeitos da política monetária", diz o Copom.

Apesar dessa avaliação, o BC diz de que ainda há descompasso entre oferta e demanda e avalia agora que as previsões de crescimento do consumo e do investimento tornaram-se mais incertas.

"Nessas circunstâncias, a política monetária deve atuar, na medida em que o balanço dos riscos para a dinâmica inflacionária assim o requerer, por meio do ajuste da taxa básica de juros, ainda que não necessariamente de forma contínua", diz.

Inflação

O BC avalia também que a intensificação da crise internacional parece ter tido efeito negativo sobre a confiança dos consumidores e empresários. Com isso, o crescimento da economia passaria a depender cada vez mais da expansão da massa salarial real e dos investimentos governamentais.

"O Comitê entende que a consolidação de condições financeiras mais restritivas poderia ampliar os efeitos da política monetária sobre a demanda e, ao longo do tempo, sobre a inflação."

No documento divulgado hoje, a diretoria do BC continua prevendo uma inflação acima da meta em todos os seus cenários de previsões, tanto para 2008 como para 2009. Embora não divulgue as previsões, o Copom diz que todas elas tiveram elevação, com exceção da expectativa para 2009 feita com base nas previsões do mercado financeiro para câmbio e juros.

Nas previsões feitas para as tarifas e preços administrados, foi mantida a expectativa de reajuste zero no preço da gasolina e do gás de bujão em 2008. As projeções de reajustes das tarifas de energia elétrica e telefonia fixa também permaneceram inalteradas, em 1,1% e em 3,5%, respectivamente.

A projeção de reajuste para o conjunto de preços administrados para o acumulado de 2008 caiu de 4% para 3,8%. A previsão de reajustes desses itens para 2009, no entanto, subiu de 4,8% para 5,5%.





Fonte: Redação Terra

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