Custo da construção civil sobe 12,1% em MT
O custo médio da construção civil em Mato Grosso registrou alta de 12,1% em outubro deste ano na comparação com a igual intervalo do ano passado. No mês passado, o valor cobrado pelo metro quadrado era de R$ 645,16 ante os R$ 575,39 do décimo mês de 2007. No Brasil, o reajuste foi de 11,5%. No ano passado foram cobrados R$ 598,27 (pelo metro quadrado) e este ano subiu para R$ 667,21. Os custos na construção vem registrando alta ao longo do ano, motivado pelo incremento no preço de alguns produtos, como cimento e aço.
Em percentual, a elevação verificada no Estado foi maior que a praticada na região Centro-Oeste e superior até mesmo à variação valor nacional. Porém, em valor monetário, o maior preço cobrado no mês passado foi no Distrito Federal, onde o metro quadrado teve um custo de R$ 690,92 o que equivale a um aumento de 11% em relação aos R$ 622,42 do ano anterior. Os dados fazem parte Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Richter Fernandes, afirma que ao longo deste ano os preços da construção civil foram majorados. Segundo ele, o principal fator para o incremento foi o boom da construção no país, que necessitou de mais produtos e a oferta que não era suficiente para atender a demanda. "Alguns produtos subiram mais que os outros, mas tudo foi em função do crescimento da construção, o que gerou impacto nos custos", diz o presidente ao considerar que até o final do ano é que os preços não sofram nova alta, já que não há indicativo para elevação.
Já o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac-MT), Wenceslau Souza Júnior, afirma que vários produtos sofreram reajuste este ano, sendo que o aço teve o maior percentual de aumento, chegando a 58%. Além deste, outros como o cimento e a cerâmica (tijolos e telhas) tiveram o preço aumentado em 30% em relação ao ano passado. Na avaliação dele, todos estes fatores fizeram com que os custos da construção fossem elevados. "Os itens produzidos no Estado, como a cerâmica foram elevados por causa do aumento no frete, que foi acarretado pela alta no preço do diesel".
Fernandes acrescenta ainda que os preços devem permanecer estáveis e até mesmo reduzir até o final de 2008 e explica que a possibilidade está pautada no período chuvoso, o que conforme ele naturalmente reduz o ritmo da construção civil. Outro motivo apontado por ele é a crise financeira internacional, que foi como "um balde de água fria no segmento" que estava com ritmo acelerado.
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