'Ó Paí, Ó' revolta evangélicos com visão negativa
Se já na estréia o seriado Ó Paí, Ó irritou a igreja evangélica ao mostrar o ator Lázaro Machado como um pastor aficionado por comida e dinheiro, a atriz Tânia Toko, a Neusão, avisa: "Ainda vai ter tanta polêmica". "Vamos falar de sexo na adolescência; garotas de programa; casamento homossexual...", completa ela, com sotaque baiano carregado.
Para a atriz, os homossexuais e transexuais vão ficar "mordidos" quando, por exemplo, no episódio Virado do Avesso, de Carol Jabour, Neusão e o travesti Yolanda (Lyu Arisson) tentam adotar uma criança. Mas, na hora de assinar os papéis, a juíza percebe que quem ela pensava ser homem é a mulher e a travesti é o "homem".
"O seriado trata de questões sociais de forma leve e sempre bem-humorada", opina Tânia, que, no caso do pastor, ela considera que não houve intolerância. "Não podemos dizer que todos os pastores são assim. Fazemos humor", minimiza.
Já o pastor Derville de Souza Jr. reprovou o comportamento do personagem: "Na Globo o pastor é sempre corrupto ou maltrapilho. Essas repetições cansam". Adepta do candomblé e filha de mãe de santo, Tânia vê o lado positivo em tocar em assuntos delicados.
"As pessoas que chamam o candomblé de 'coisa do diabo' vão poder vê-lo de outra forma", espera a atriz. Ao todo, Ó Paí, Ó tem seis episódios e fica no ar até a primeira semana de dezembro.
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