IBGE revisa PIB de 2006 de 3,8% para 4%
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2006 para 4% em 2006, ante alta anterior de 3,8%. Em valores absolutos, a economia brasileira alcançou R$ 2,370 bilhões. Já o PIB per capita ficou em R$ 12.688, crescimento em volume de 2,5% na comparação com 2005.
A agropecuária foi a atividade que registrou maior crescimento em volume (4,5%) entre 2005 e 2006. Porém, foram os serviços que mais ganharam peso, passando de 65% para 65,8% do PIB, com variações em volume (4,2%) e em preço (7,2%) acima do total da economia (3,7% e 6,5% respectivamente).
A indústria, por sua vez, cresceu 2,3% em volume em 2006, acima dos 2,1% verificados em 2005. Ainda assim, houve queda de participação no total do valor adicionado bruto (de 29,3% para 28,8%).
Outro indicador, a Formação Bruta de Capital Fixo, que mede o investimento das empresas, teve aumento expressivo de 9,8%. Assim, a taxa de investimento (formação bruta de capital fixo em relação ao PIB) ficou em 16,4%, ante 15,9% um ano antes.
Já o consumo das família, que tem alto peso no PIB, subiu 5,3%, e o consumo do governo teve elevação de 2,6%.
No que refere-se à balança comercial, o saldo externo de bens e serviços apresentou superávit em 2006 de R$ 68,8 bilhões, resultado 11% inferior ao de 2005 (R$ 77,5 bilhões). A valorização de 10,6% do câmbio no ano contribuiu para desacelerar o ritmo de crescimento das exportações, que variaram, em termos nominais, 4,8%, enquanto as importações cresceram 9,8%.
Em volume, as exportações cresceram 5% contra um aumento de 18,4% das importações, gerando uma contribuição negativa do setor externo na variação do PIB.
Por isso, em 2006, a contribuição do saldo externo de bens e serviços para o crescimento anual, em volume, do PIB, passou a ser negativa (-1,4%). Em contrapartida, a contribuição da demanda interna para o crescimento da economia brasileira foi de 5,3%.
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