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Internacional
Terça - 04 de Novembro de 2008 às 16:54

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Sobreviventes de um barco que ficou 15 dias à deriva, após se perder em alto mar, no Caribe, disseram ter comido carne humana para sobreviver.

O drama começou no dia 17 de outubro, quando 33 dominicanos, 30 homens e três mulheres, embarcaram rumo a Porto Rico em busca de trabalho.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal dominicano El Nacional, o capitão da balsa disse que os imigrantes não poderiam levar comida nem água porque a viagem duraria apenas dois dias.

Entretanto, quando todos começaram a sentir fome e sede iniciou-se uma discussão sobre se a travessia deveria continuar ou não. O capitão decidiu, então, retornar à República Dominicana, mas perdeu o rumo.

Após seis dias à deriva, o primeiro do grupo morreu desidratado e, no dia seguinte, o capitão, identificado pelo jornal como Francisco Soler, jogou-se ao mar.

Gregório María Marizán, de 31 anos, um dos quatro sobreviventes, disse que ao abandonar a embarcação, Soler teria dito que "iria buscar ajuda". "Naquele momento não se via terra, luzes, nada".

Insolação

Nos dias que se seguiram, muitos se jogaram ao mar e outros morreram desidratados. Os últimos sobreviventes, entre eles uma mulher, decidiram manter um dos mortos no barco para se alimentar de sua carne.

Cinco imigrantes foram resgatados com vida no fim de semana por um barco da Guarda Costeira americana na altura das Ilhas Turcas e Caicos.

Eles foram levados para o hospital com desidratação e feridas causadas pela insolação. A mulher não resistiu e faleceu na tarde de domingo.

Centenas de dominicanos arriscam a vida todos anos para tentar a perigosa travessia que liga seu país a Porto Rico.

Em 2004, 36 sobreviventes de um grupo de 87 imigrantes tomaram leite materno, água salgada e comeram carne humana para se manter vivos.





Fonte: Da BBC

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