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Economia
Terça - 04 de Novembro de 2008 às 15:16

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Os dados da indústria brasileira ainda não mostram os efeitos da crise financeira mundial, como apontam as informações divulgadas nesta terça-feira, 4, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As vendas reais do setor cresceram 2% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o faturamento real do parque fabril evoluiu 10,2%.

No acumulado nos nove primeiros meses do ano, as vendas reais da indústria subiram 8%. A CNI ressalta, no documento que acompanha a pesquisa, que o chamado efeito calendário favoreceu os dados de setembro. Setembro deste ano teve um dia a mais do que agosto e três dias úteis a mais do que o mesmo mês de 2007.

As horas trabalhadas registraram crescimento, na série dessazonalizada, de 1,2% em setembro, ante agosto. Na comparação de setembro com igual mês do ano passado, houve uma expansão de 9,6%. No acumulado do ano, o crescimento foi de 6,1%, ante o período de janeiro a setembro de 2007.

Capacidade instalada - O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria brasileira registrou ligeiro aumento em setembro ante agosto, passando de 83% para 83,3%. Em setembro do ano passado, as indústrias brasileiras operavam ao 82,8% de sua capacidade.

A pesquisa também mostra que o emprego na indústria teve expansão de 0,7% em setembro na comparação dessazonalizada com agosto. No confronto com setembro de 2007, o emprego cresceu 4,3%. Entre janeiro e setembro deste ano o emprego nas fábrica cresceu 4,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Já a massa salarial paga pela indústria teve forte alta, de 7,1% em setembro em relação ao mesmo mês de 2007. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, ente igual período do ano passado o crescimento foi de 5,3%.

IBGE - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou seus indicadores para a indústria nesta terça. Segundo os dados, a produção industrial brasileira acumula alta de 6,5% no ano e de 6,8% nos últimos 12 meses, até setembro. A atividade cresceu 9,8% na comparação com setembro do ano passado.

Os resultados também mostram que o setor "mantém a trajetória ascendente da atividade produtiva", segundo observam os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa. Segundo o documento, os resultados prosseguem "sustentados pelo desempenho do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos na capacidade produtiva, e pelo dinamismo da demanda doméstica, em linha com as estatísticas recentes do comércio varejista e da evolução do emprego e da renda".





Fonte: AE

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