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Terça - 04 de Novembro de 2008 às 11:02
Por: Débora Siqueira

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O Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) aprovou o incremento de mais R$ 150 milhões para custeio agrícola para médios e grandes produtores ainda este ano em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O aumento foi possível em razão do aumento de mais R$ 611, 251 milhões no orçamento. Em 2008, já foram liberados R$ 300 milhões do FCO Rural no Centro-Oeste, só em Mato Grosso foram contratualizados R$ 87 milhões.

“O aumento dos recursos deve ajudar os produtores que precisam de crédito para o plantio da safra”, comenta o secretário de Desenvolvimento Rural, Neldo Egon Weirich, que é presidente estadual do FCO Rural e tem cadeira no Condel.

O secretário Neldo Weirich, acompanhado do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado; o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira; e o presidente da Associação dos Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Pinesso, se reúnem amanhã, em Brasília, com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), Luiz Fernando Emediato. A reunião foi agendada em atendimento às reivindicações do setor produtivo, o horário ainda não foi definido.

Os produtores rurais de Mato Grosso pedem a aquisição pelo FCO das linhas do FAT Giro Rural em poder do Banco do Brasil e o enquadramento nas mesmas condições dadas às linhas de investimentos do FCO pela renegociação do endividamento agropecuário. O secretário explica que a pauta não poderia ser apreciada pelo Condel, mas pelo Codefat, por isso a reunião foi intermediada.

Os representantes do setor produtivo também pediram a intermediação do Condel sobre a prorrogação imediata das parcelas vencidas e que irão vencer em 2008, como forma de capitalização imediata do produtor, mantendo esse recurso para investimento já iniciado no plantio, além da extensão do prazo adicional de pagamento dado pela renegociação das dívidas rurais de três para cinco anos. “Os pedidos dos produtores não puderam ser avaliados pelo Condel porque está fora da alçada do conselho. Os agricultores de Goiás também apresentaram reivindicações semelhantes”, explica Neldo Weirich.

O secretário de Desenvolvimento Rural lembrou ainda que o governador Blairo Maggi encaminhou ofício no dia 22 de outubro ao presidente Lula solicitando a prorrogação dos vencimentos das dívidas rurais vencidas e vincendas em 2008. “Como se trata de uma legislação, no caso a Lei 11.775 de 17 de setembro deste ano, em que há o artigo 30 que estabelece que os produtores que renegociaram as dívidas não podem requerer novos financiamentos de investimentos. Para mudar isso, só com a intervenção do presidente, por isso não cabe ao Condel”.





Fonte: Seder

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