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Economia
Terça - 04 de Novembro de 2008 às 06:25
Por: Marcos Coutinho

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A Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) confirmou, que vem vendendo gás natural veicular (GNV) para a Sadia, empresa baseada em Várzea Grande, por "questões técnicas de pressurização". A informação foi transmitida, agora há pouco, pelo presidente da MT Gás, Helny de Paula, por telefone, ao contestar informação de que o fornecimento para a Sadia vinha sendo feito de modo sigiloso em detrimento dos postos autorizados a distribuir o produto em Mato Grosso. No começo da noite, vazou a informação de que haveria um esquema paralelo para beneficiar a Sadia.

"Não fizemos nenhum fornecimento sigiloso ou paralelo ou ilegal. Mantivemos a entrega para a Sadia porque a empresa é a única capaz de utilizar 100% do gás contido em um contêiner. Os postos de combustíveis que comercializam o GNV não têm condições técnicas de receber e nem de fornecer o produto que hoje temos condições de envasar, que não chega nem a 30% da capacidade dos contêineres", justifica Helny de Paula, em entrevista para o Olhar Direto.

Segundo o presidente da MT Gás, o gás social que está sendo enviado pela Bolívia, via gasoduto, não tem pressão suficiente para "preencher os 1,6 metros cúbicos de um contêner". "A pressão do gás só preenche entre 20% e 30% de cada contêiner, volume que um posto não pode aproveitar, mas que a Sadia pode. E não podemos jogar fora esse gás sabendo que a Sadia tem condição de aproveitá-lo", esclarece.

Os estoques regulares de GNV acabaram há cerca de um mês e não há previsão para o fornecimento do produto. De acordo com Helny de Paula, os cinco postos que abastecem Cuiabá e Várzea Grande e apenas um em Rondonópolis consomem até 700 metros cúbicos de gás, que é fornecido em 40 contêineres. Ele também garantiu que, em momento algum, desde que o programa do GNV foi implantado, faltou empenho do governo estadual em garantir o produto.

"Os proprietários de veículos movidos a gás precisam entender que o governo estadual está fazendo e fará todos os esforços para que o fornecimento seja regularizado, mas todos têm que entender que existe uma pendência contratual com o governo boliviano que precisa ser contornado e nós estamos trabalhando incansavelmente para isso", argumenta o presidente da empresa.





Fonte: Olhar Direto

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