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Economia
Segunda - 03 de Novembro de 2008 às 16:13
Por: Eder de Moraes

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Como já comentei em artigos anteriores, às vezes, em meio a esse cenário ameaçador de derrocada das finanças mundiais, também surgem algumas declarações impetuosas, inconseqüentes e irresponsáveis sobre a crise. Disse ainda que o Governo Federal precisava reagir, intervindo, especialmente, na economia estatal, dando liquidez decorrente da suspensão dos pagamentos dos serviços da dívida pública dos Estados para investimentos que possam gerar emprego, renda e conseqüente movimentação da economia em direção a sustentabilidade continuada.

Como se não bastasse as ilações políticas derivadas das eleições municipais, caracterizadas por um verdadeiro estelionato e aviltação da capacidade das pessoas de pensarem, porque não é possível atribuírem, especialmente na Capital, o ônus ao Governo do Estado e o bônus àqueles que melhor lhes aprouverem. Ainda somos obrigados a conviver com insinuações de que o Governo Estadual não está atento a crise. "Larga mão disso, xô mano!". Só está faltando atribuir a crise no mercado sub-prime americano desdobrada em todos os setores da economia mundial a nós de Mato Grosso.

Se existe um governo que reagiu e tem sido franco com a sociedade, este governo é o de Mato Grosso. Nós mesmos temos alertado a sociedade para fazer a lição de casa, qual seja: gastar somente aquilo que está dentro do seu orçamento, não se endividar além da capacidade de pagamento, evitar compras a crediário de longo prazo, se puder, comprar a vista e evitar pagar juros, redimensionar seus gastos e priorizar as atividades essenciais.

E no Governo Estadual estamos agindo na vanguarda dos acontecimentos. Fomos o primeiro Estado brasileiro a anunciar contingenciamento de orçamento para 2009, alertamos os poderes constituídos, o governador Blairo Maggi reuniu-se com o presidente Lula e ministros, cobrando ações para a agricultura de Mato Grosso e do Brasil. Também enviamos um orçamento conservador e retratando a nova realidade à Assembléia Legislativa, estamos priorizando ainda mais os gastos públicos, com muita severidade.

Enfim, algumas insinuações recentes sobre esse assunto me pareceu ter vindo de outro planeta, sem negar os fatos indicados, mas desconhecendo qualquer omissão por parte do Governo do Estado. O governo está atento e agindo rapidamente sobre um problema conjuntural que não foi causado por Mato Grosso, portanto, ninguém administra num mar de rosas, nem tão pouco ignora os fortes impactos que se avizinham.

* Eder de Moraes Dias é secretário de Fazenda de Mato Grosso





Fonte: Secretaria de Fazenda de Mato Grosso

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