Ministro: PIB pode crescer menos de 4% em 2009
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comentou nesta quinta-feira que a economia brasileira, sob efeitos da crise financeira internacional, pode chegar a crescer um pouco menos de 4% em 2009. De acordo com ele, já é consenso que o Brasil terá crescimento menor que aquele que o governo previu no orçamento para o próximo ano, de 4,5%.
"É quase um consenso. Todos dizem que provavelmente vamos ter menos crescimento. O problema é que ninguém consegue calcular. Os números são completamente diferenciados. Tem gente falando de 2,5% até 3,8%. O próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) falou em 3,7%", disse o ministro. "Eu acho que nós vamos ficar na casa, perto dos 4%, talvez um pouco menos", opinou.
Paulo Bernardo lembrou que, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as obras do PAC e os programas sociais em andamento, como o Bolsa Família, serão mantidas, independentemente dos desdobramentos da crise financeira.
"Essa é a determinação do presidente Lula. Nós já temos recursos separados, estamos agora fazendo um resultado da política fiscal muito bom e de forma alguma vamos mexer no PAC nem na área social", disse.
Ele disse, no entanto, que projetos sociais que ainda não estão completamente em vigor podem ter seus cronogramas revistos, assim como investimentos não incluídos no PAC.
"Dentre esses gastos que seriam cortados, o último que faríamos qualquer modificação é o PAC porque é uma determinação do presidente. O primeiro seria investimentos que não estejam no PAC. Vamos mexer na área de custeio da máquina, em programas sociais que não estejam sendo implementados, podemos adiar, mudar o cronograma", explicou ele.
Segundo o ministro, a crise financeira está em um ponto de "inflexão" e vai começar a ser superada. "Vai ficar uma crise econômica, vai ficar recessão nos Estados Unidos, na Europa. No Brasil, nós devemos ter menos crescimento, mas nunca recessão. Vamos continuar tendo crescimento, embora menor do que tivemos no ano passado e neste ano", avaliou.
"Num momento de diminuição da atividade econômica, o PAC é considerado como uma âncora para não permitir que a economia cresça muito menos do que aconteceu. O PAC vai ajudar a segurar o patamar do crescimento", reafirmou Bernardo.
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