Governo pode rever meta de crescimento para 2009
"Há uma alteração nessa trajetória tão acentuada de crescimento, mas não temos dados ainda para medi-la", comentou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, responsável por divulgar nesta quinta-feira, durante o 5º Balanço do PAC, o cenário macroeconômico do País.
"Até final de novembro teremos uma definição dos novos parâmetros", disse, lembrando que caso seja necessário, o governo pode rever a atual meta de 4,5% do crescimento para 2009.
De acordo com o governo, mesmo com as medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos e pela União Européia (UE), e com as iniciativas do Brasil de ampliar crédito para os setores de construção civil e agricultura e de dar mais prerrogativas para os bancos Central, do Brasil e Caixa Econômica, "em 2009 a economia mundial será afetada e sofrerá uma desaceleração em virtude da maior restrição e seletividade do crédito".
Apesar da possibilidade de redução do crescimento no próximo ano, o comitê gestor observa que "o sucesso da política econômica em geral e do PAC em particular fornece maior confiança para enfrentar o novo desafio dado pela atual crise internacional".
"Em virtude dos novos desafios enfrentados pela economia brasileira, o governo (...) reforça a importância desse programa para assegurar o crescimento da economia brasileira em bases sólidas neste e nos próximos anos", explicou o ministro do Planejamento.
Inflação
Na avaliação do comitê gestor, a despeito do atual cenário, a inflação ficará dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2008, "fato que deixará o Brasil entre poucos países do mundo a atingir a meta de inflação deste ano". Para 2009, a expectativa do governo é que a inflação caminhe para o centro da meta (4,5%).
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