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Economia
Terça - 28 de Outubro de 2008 às 09:40
Por: Jane Miklasevicius

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Os preços do suíno vivo caíram 17% em dez dias no Mato Grosso. Segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), os preços pagos ao produtor passaram de R$ 2,95 o quilo para R$ 2,40/2,50 hoje. O gerente administrativo da entidade, Custódio Rodrigues, informou que a indústria alega que a crise financeira global está obrigando a revisão de acordos comerciais já firmados. "Mas nada justifica uma queda de preço tão acentuada, num espaço tão curto de tempo", disse.

Custódio afirma que, mesmo com custo de produção menor - os preços do milho, usado na ração, também recuaram - a cotação do suíno caiu mais. De acordo com a Acrismat, o custo de produção de suínos no Estado varia de R$ 1,95 a R$ 2,15 por quilo de animal vivo, a depender do manejo.

Há pouco mais de 10 dias, foram os produtores catarinenses que reclamaram da queda nos preços pagos pelos frigoríficos. Na semana do dia 13 de outubro, a indústria baixou em 5,5% o preço do quilo do suíno pago ao produtor integrado catarinense, de R$ 2,70 para 2,55.

"O pretexto foi a turbulência no mercado mundial, mas essa crise, que pode ter efeito cascata, precisa ir longe para chegar ao setor de alimentos", disse na ocasião Wolmir de Souza, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACSS). Hoje a indústria paga em Santa Catarina R$ 2,45 ao produtor integrado e R$ 2,90 ao produtor independente.

Reflexo

"O recuo no Mato Grosso é reflexo do que aconteceu em Santa Catarina", diz Rodrigues. "Aqui, chega com atraso. E, quando os preços subirem lá demora um pouco mais para subir aqui." Mas o dirigente mato-grossense se diz otimista quanto a uma reversão no quadro de demanda, com gradativa alta dos preços a partir de novembro.

Ele diz que o setor mantém os investimentos para o médio prazo no Estado. Hoje são 90 mil matrizes, mas a expectativa é de que em até dois anos o plantel passe a 120 mil matrizes. "Estamos com o pé atrás, mas mantemos os investimentos", disse, acreditando que a demanda por alimentos não deve ser afetada pela crise.





Fonte: AE

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