Sob críticas a incentivos, Estado extingue Procafé

O governo estadual revogou a Lei 7.309 que institui o Programa de Incentivo à Cultura do Café (Procafé/MT), criado no governo Dante de Oliveira, em julho de 2000. A intenção foi recuperar e expandir a cultura do café em solo mato-grossense, oferecendo incentivos fiscais aos produtores interessados, de até 75 % do ICMS incidente sobre a comercialização, escalonado por tipo de café produzido. Agora, os cafeeicultores ficam sem o incentivo. O governo começou a repensar alguns programas, após enfrentar embate com deputados. Uns consideram que já incentivos em demasia.

Mesmo com o fim do Procafé/MT, o Estado resolveu manter o Fundo (Funcafé /MT). Assim, cada produtor continua recolhimento 15%, sob administração da secretaria estadual de Desenvolvimento Rural. O secretário Neldo Egon ficacomo presidente do Funcafé e, o seu adjunto Jilson da Silva, como vice-presidente. O Funcafé conta ainda com a participação de membros do Poder Executivo, representantes dos produtores de café e de entidades não-governamentais dos setores agrícola e industrial.

Trigo

Enquanto os cafeeicutores perdem incentivos fiscais, os triicultores querem a isenção. Eles reivindicam reabertura do moinho existente no Distrito Industrial de Cuiabá, por meio de financiamento do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado (Prodeic). Cobram também a presença dos pesquisadores da Embrapa no desenvolvimento de novas cultivares de trigo e o preço mínimo estabelecido em R$ 41 o saco de 60 quilos, permitindo uma rentabilidade de 30% a 40% para o produtor rural.