Crise pode ser injusta e afetar países pobres, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que a crise econômica mundial pode ser "injusta" e culminar com o comprometimento dos projetos de desenvolvimento de nações pobres. Ao receber para almoço, no Palácio do Itamaraty, o rei Abdullah II da Jordânia, Lula observou ainda que instituições financeiras em nível global também precisam passar por reformas para evitar a repetição de momentos de instabilidade econômica como os atuais.
"A crise financeira global pode atingir, de maneira injusta e particularmente dura, os países em desenvolvimento. A crise atual nos mostra que as instituições financeiras internacionais precisam ser urgentemente reformadas", comentou o presidente.
Publicamente, o governo brasileiro, por intermédio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem defendido a reformulação de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), com a possibilidade de concessão de novas linhas de crédito para nações emergentes e o monitoramento mais efetivo dos principais mercados financeiros e fluxos internacionais de capital.
"Precisamos de parcerias que nos permitam ir a um futuro melhor", defendeu também o rei Abdullah II, que lembrou que ele próprio, em um cenário de "crises e desafios internacionais", tem se mostrado como um dos principais nomes em prol de uma "rede mundial de amigos da paz e parceiros econômicos".
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