Vendas do iPhone crescem 500% em um ano, diz Apple

As vendas do iPhone em todo mundo atingiram 6,892 milhões de unidades entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados divulgados pela Apple. Esse resultado representa um crescimento de 516% nas vendas do aparelho, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 1,119 milhão.

A empresa iniciou em julho deste ano as vendas do iPhone 3G, que substituiu os aparelhos de primeira geração que eram vendidos, basicamente, nos Estados Unidos e alguns países da Europa. Em 15 meses encerrados em junho de 2008, a versão original registrou vendas de 6,1 milhões de unidades. Na nova versão, o produto teve sua distribuição aumentada --deve ser lançado em 70 países até o fim do ano.

"A Apple apresentou as contas de um dos melhores trimestres de sua história, com um espetacular desempenho do iPhone, que vendeu mais do que celulares da RIM [Research In Motion --fabricante do Blackberry e principal concorrente da Apple no setor]", afirmou o executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, em comunicado.

No Brasil, o iPhone 3G começou a ser vendido pelas operadoras Claro e Vivo em 26 de setembro deste ano, ou seja, um dia antes da Apple fechar a contabilidade trimestral. Mesmo assim o país teve participação no resultado divulgado pela empresa de Jobs, visto que os primeiros aparelhos vendidos já haviam sido comprados pelas empresas brasileiras.

Procuradas, as assessorias da Claro e da Vivo não informaram quantas unidades do iPhone foram comercializadas desde então.

Outros produtos

No seu balanço trimestral, a Apple informou que foram comercializados 2,611 milhões de computadores Mac entre julho e setembro deste ano. Segundo a empresa, esse resultado é 21% maior que o verificado no mesmo período do ano passado.

Com relação às vendas do iPod, a Apple apresentou um crescimento de 8% no período. A receita com as vendas do aparelho teve alta de 3%.

Resultado

A Apple divulgou nesta terça-feira (21) que obteve entre julho e setembro, quarto trimestre de seu ano fiscal, um lucro líquido de US$ 1,14 bilhão, valor 26% superior em comparação com mesmo período de 2007. Os resultados atendem a expectativas dos analistas em lucro por ação, que foi de US$ 1,11, mas não em faturamento, que neste período chegou a US$ 7,9 bilhões, 27% a mais que há um ano antes --os analistas esperassem que chegasse a US$ 8 bilhões.

"Não sabemos se a crise nos afetará, mas estamos armados com a linha de produtos mais forte de nossa história, os empregados com mais talento e os melhores clientes da indústria, além de reservas de US$ 25 bilhões sem dívida", afirmou Jobs.