Equador pretende comprar madeira de Mato Grosso
O economista de uma empresa de reflorestamento do Equador, Jorge Munõz visitou a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) para conhecer de perto o trabalho e as pesquisas desenvolvidas com o pau de balsa.
No Estado, a madeira da espécie Ochroma pyramidale, ocupa uma área de três mil hectares com mais de três milhões de pés e está se tornando numa alternativa rentável para o produtor rural.
O presidente da Empaer, Leôncio Pinheiro da Silva Filho, repassou para o economista várias publicações dentre elas, as Diretrizes Técnicas para o cultivo do pau de balsa no Estado, trabalho que foi executado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e que está à disposição do produtor.
Madeira leve como o isopor, o pau de balsa possui elevada resistência mecânica, sendo utilizado como material de isolação acústica, artesanato, construção de jangadas, balsas, aeromodelismo, colete salva vidas, fabricação de papel e outros.
Munõz vai levar para o país materiais genéticos para verificar a densidade da madeira e qual será a utilidade no mercado mundial. A densidade é calculada por quilo, a considerada de boa densidade e com facilidade de penetração no mercado pesa em torno de 140 a 150 quilos por metros cúbicos, a leve chega a pesar 50 quilos por metros cúbicos. “Nos próximos cinco anos, estamos dispostos a comprar do Estado de Mato Grosso 30 mil hectares de pau de balsa por ano”, ressalta Jorge.
O diretor de Pesquisa da Empaer, Antonimar Marinho dos Santos, sugere uma parceria com a empresa para o melhoramento genético da planta, definido um material mais estável em termos de produtividade e precocidade. Ele acredita no potencial da planta e pretende fazer alguns acertos. “Já começamos alguns testes e ainda precisamos incrementar a planta, isso demanda de pesquisa e um pouquinho de tempo, estamos resolvendo alguns problemas e acertando outros”, comenta Marinho.
O pesquisador Décio Teruo Miyajima, fala que o economista veio apresentar a empresa que atua em 70 países e conferir o potencial do comércio do pau de balsa no Estado. Décio explica que a intenção é comprar a madeira dos pequenos produtores por um preço de U$ 200 o metro cúbico.
Participaram da visita, o diretor de Operações da Empaer, Jaime Bom Despacho da Costa, Engenheiro agrônomo da Seder, Luis Carlos Ferreira Bernardes, Chefe de gabinete da presidência, Gabriel Miranda dos Anjos, Assessor da presidência, Osvaldo Ferreira , Fomento mercantil, Cristian Marchiori e o empresário, Laércio Bernardi.
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