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Nacional
Quarta - 22 de Outubro de 2008 às 06:49

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O número de acidentes nas rodovias federais continua caindo sob a vigência da lei seca em todo o país, mas em ritmo cada vez menor. Após quatro meses da vigência da lei, o número de acidentes entre junho e outubro é maior do que no mesmo período de 2007, quando a medida ainda não existia.

Dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) mostram que entre 20 de junho e 20 de outubro, o número de acidentes foi 10% maior do que no ano anterior. Desde a vigência da lei, ocorreram nas rodovias federais 45.080 acidentes --com 2.254 mortos e 25.392 feridos.

Em 2007, quando a lei seca (aprovada no último dia 19 de junho) ainda não vigorava, ocorreram 40.991 acidentes nas rodovias federais, dos quais 2.372 pessoas morreram e outras 24.934 ficaram feridas.

A PRF alerta para novo aumento do hábito de beber dos motoristas antes de dirigir. "Muitos condutores estão retomando o hábito de beber antes de dirigir e apostam nas deficiências da fiscalização, sobretudo no interior do país, para não serem punidos", revela o estudo da polícia.

De acordo com o levantamento, cerca de 20 condutores ainda são presos diariamente com quantidades de álcool no sangue acima do permitido.

Crime

A chamada lei seca passou a considerar crime conduzir veículos com qualquer teor de álcool no organismo. A punição para quem não cumprir a lei é considerada gravíssima e prevê suspensão da carteira de habilitação por um ano, além de multa de R$ 955 e retenção do veículo.

A suspensão por um ano do direito de dirigir é feita a partir de 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue). Acima de 0,3 mg/l de álcool no ar expelido (ou 6 dg por litro de sangue), a punição inclui também a detenção do motorista (de seis meses a três anos).

Antes da lei seca, somente motoristas com mais de 6 decigramas de álcool por litro (o equivalente a dois chopes) de sangue eram punidos.

Menos de seis meses depois de aprovar penas mais rígidas para quem dirige sob o efeito de álcool, a Câmara agora discute projeto que acaba com a lei seca. A nova proposta eleva o nível para dezesseis decigramas por litro de sangue.





Fonte: Folha Online

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