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Economia
Terça - 21 de Outubro de 2008 às 16:13

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O mercado de câmbio negociou o dólar comercial a R$ 2,231 na venda, o que representa um acréscimo de 4,98% sobre a cotação de ontem. O preço da moeda americana resistiu às duas intervenções do Banco Central, que vendeu moeda à vista e no mercado futuro, por meio de um leilão de "swap" cambial. Os bancos tomaram todos os 10 mil contratos oferecidos pela autoridade monetária, com vencimento para dezembro deste ano.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrocede 0,14% (pelo Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 3,11 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 0,48%.

O BC não informa imediatamente o volume total de dólares vendido para os "dealers" (instituições financeiras) a cada leilão. O montante comercializado pode ser acompanhado pela oscilação das reservas internacionais, que caíram de US$ 206,48 bilhões, no dia 30 de setembro, para US$ 201,23 bilhões, ontem.

A cotação da moeda ficou pressionada durante todo o dia, mas teve um disparo perto do encerramento dos negócios, segundo operadores, justamente quando o volume de negócios ficou bastante baixo: no jargão dos corretores de câmbio, o dólar teria "subido no vazio", isto é, por causa de algumas poucas operações que teriam puxado muito o preço da moeda.

Profissionais de corretoras também relatam que o mercado está nervoso com a temporada de divulgação de balanços, principalmente nos EUA, onde grandes empresas podem finalmente mostrar em seus números os efeitos da crise dos créditos "subprime". Um indicativo desse nervosismo pode ser visto no barril de petróleo, que chegou a cair mais de 4% e quase furar o "piso" de US$ 70, na praça de Nova York (Nymex).

"O BC fez dois leilões e realmente não conseguiu deter a alta da moeda. O problema é que outubro é mês em que os balanços começam a sair e o pessoal fica nervoso com o que pode aparecer. Além disso, esses dólares que o BC vende não têm se transformado em reais [para financiar operações]. Aparentemente, os bancos têm segurado a moeda no caixa", comenta Celso Siqueira, operador da corretora Advanced.

Juros futuros

Há poucos dias da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o mercado futuro de juros, que referencia as tesourarias de bancos, elevou as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.

No contrato com vencimento em janeiro de 2009, a taxa projetada passou de 13,92% ao ano para 13,93%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada avançou de 14,63% para 14,73%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista subiu de 15,23% para 15,34%.





Fonte: Folha Online

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