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Agronegócios
Terça - 18 de Junho de 2013 às 03:41

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Na cerimônia de posse realizada pela Academia Brasileira do Cavalo Campolina, no dia 8 de junho, em Belo Horizonte (MG), Luiz Roberto Horst Silveira Pinto, proprietário do Haras das Marias, em Jarinú (SP), foi oficialmente reconhecido como presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCCampolina), que reúne mais de 1.200 criadores pelo país, especialmente em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. 

Em discurso, o gestor da entidade para o próximo triênio 2013/2014/2015, agradeceu, discursou sobre propostas e divulgou ações em andamento desde de janeiro. Uma das prioridades, segundo ele, foi melhorar a "governança" dentro da associação, a partir de várias assembleias, e eliminar pendências junto ao Ministério da Agricultura. Outra ação imediata foi proporcionar maior liberdade ao Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da associação, para agilizar a tomada de decisões importantes relacionadas ao crescimento do Campolina no Brasil.

No púlpito, Luiz Roberto também anunciou a oficialização da Escola Nacional do Cavalo Campolina, que terá espaço físico e oferecerá cursos técnicos para criadores e também os colaboradores, inclusive de outras raças. O Colegiado de Jurados também é uma novidade, órgão que será responsável pela profissionalização dos julgamentos. 

"Quanto mais os criadores e colaboradores tiverem conhecimento técnico sobre a raça, melhor e mais rápida será sua evolução e também o retorno dos haras. Já o colegiado permitirá a extinção de antigas reclamações dos criadores e tornará nossos julgamentos mais profissionais e obedecendo, à risca, os padrões estipulados no nosso estatuto", explicou.

Outro departamento que ganha maior importância é o Conselho Consultivo, presidido pelo criador Ademar Rigueira Neto, que será ainda mais operante, pensando sempre no crescimento do Campolina no médio e logo prazos. Em reunião durante a Exposição Agropecuária de Barbacena, realizada em maio, diretoria e conselho definiram pela contratação de uma consultoria, pensando em um planejamento estratégico para promover uma desburocratização no estatuto do cavalo Campolina.

Mote - Um dos presidentes mais jovens que a associação já teve, Luiz Roberto Horst Silveira Pinto "respira" progresso todo os dias. Segundo ele, que têm vivência empreendedora em outros ramos da economia, uma instituição ou empresa que para de pensar em crescer em um segundo sequer nunca irá perpetuar. "No Campolina, entendemos que o crescimento virá com novos usuários e pequenos criadores. Por muitos anos, a raça permaneceu regionalizada e, como consequência, hoje, temos um número de grandes selecionadores igual ao de usuários do cavalo", avalia. 

Para alcançar esse objetivo, uma série de ações vem sendo implantadas e já dão resultados efetivos. O primeiro deles foi a transmissão dos leilões chancelados pelo Canal Terraviva, custo 100% subsidiado pela ABCCCampolina. Três já foram realizados e mais cinco foram agendados para os próximo meses.

Outra iniciativa foi incentivar a participação da raça nas provas multirraciais, que ocorrem aos montes no interior do Brasil. Mais conhecidas como poeirões, esses eventos chegam a reunir milhares de pessoas, inclusive, o grande público consumidor de cavalos de sela. Para tanto, uma premiação em dinheiro é concedida aos melhores campolinas. "É uma chance de demonstrar o quanto nosso cavalo está bonito e funcional em confronto com outras raças marchadoras. Já subsidiamos três eventos, com R$ 38 mil em prêmios, e mais cinco foram agendados", informa o presidente.

A ABCCCampolina também passará por um amplo processo de informatização, investindo cerca de R$ 270 mil, para dinamizar a comunicação entre criadores e a entidade que os representa. A pedido dos associados, também foi contratado um sistema de ranking para facilitar a divulgação dos resultados das exposições.

Semana Nacional do Cavalo Campolina

Em setembro, entre os dias 1 e 9, o Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG), receberá a Semanal Nacional do Cavalo Campolina, que reunirá cerca de 1.000 cavalos em julgamento. Além da preocupação com a qualidade, a diretoria e o comitê organizador estão criando uma programação voltada à família, com jantares de confraternização, promoção de shows e rodeios, espaço da mulher, minifazenda para as crianças e muito mais.

O julgamento também passa por mudanças. Neste ano, o evento contará com a participação de 10 juízes, cinco para morfologia e cinco para andamento marchado, em total dissenso. "Estamos fazendo isso para eliminar a subjetividade em nossos julgamentos, e os resultados serão disponibilizados em telões gigantes instalados na pista", revela o presidente.

No dia 6 de junho, durante uma assembleia, a ABCCCampolina firmou parceria com a ABCJPêga (Associação Brasileira dos Criadores do Jumento Pêga) para lançar uma novo muar, o PECA, cruzamento entre Pêga e Campolina. A superintendência das duas associações se reunirá novamente para definir o projeto. A princípio, a responsabilidade do registro será da ABCJPêga, após checagem de sangue na ABCCCampolina. "O comunicado de animais filhos de jumento Pêga com Campolina, após conferência na ABCCCampolina, serão registrado como PECA PO. Esse projeto vai ao encontro de nossa estratégia de expansão, e beneficiará o mercado de machos Pêga e também éguas Campolina", explica. Essa parceria será coroada durante a Semana Nacional do Cavalo Campolina, com o Dia do Pêga, com julgamento da raça e outras atrações.

A Semana Nacional do Cavalo Campolina também receberá a exposição estadual das raças ovinas Dorper e White Dorper, evento que reunirá criadores de Minas Gerais e também de outros estados.

MAIS INFORMAÇÕES
ASS. BRAS. DOS CRIADORES DO CAVALO CAMPOLINA
Telefone: (31)3372-7478
E-mail: campolina@campolina.org.br
Site: www.campolina.org.br






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