Suspeitos são servidores da prefeitura e foram flagrados em operação. Rombo na arrecadação de impostos na capital pode passar de R$ 3 milhões.
Dez suspeitos prestam depoimento sobre fraude milionária em Cuiabá

Apontados como suspeitos na fraude milionária do sistema tributário da Prefeitura de Cuiabá que pode passar dos R$ 3 milhões, 10 servidores do órgão vão, a partir desta segunda-feira (17), prestar depoimento ao corregedor-geral da capital, Silvano Macedo Galvão.

 

Os depoimentos serão realizados na sede da Procuradoria-Geral do Estado e vão durar até a próxima quarta-feira (19). Além dos servidores, também serão ouvidas outras 21 testemunhas. O esquema de desvio de dinheiro público foi descoberto durante a "Operação Impostor", deflagrada pela Delegacia Fazendária.

 

De acordo com o procurador-geral de Cuiabá, Rogério Gallo, os depoimentos serão a oportunidade dada aos suspeitos para manifestação no processo. A previsão é que o relatório final sobre o caso seja apresentado ao final do mês de julho pelas quatro comissões do processo disciplinar que avaliam o caso. 

 

O esquema criminoso foi descoberto no final do ano passado. Na ocasião, a Delegacia Fazendária detectou que servidores do município estavam envolvidos em fraudes no banco de dados do Sistema de Administração Tributária da Prefeitura de Cuiabá. A fraude consistia em dar baixa nos débitos dos contribuintes sem fazer a respectiva contrapartida do crédito aos cofres da capital.

 

Também durante as investigações descobriu-se que não era somente no IPTU que as fraudes estavam sendo cometidas, mas também na arrecadação de impostos como o ISSQN, na emissão de certidões e alvarás, ITBI, Habite-se e em dívidas com a então Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).

 

Osservidores suspeitos foram afastados preventivamente das funções até a conclusão da investigação administrativa. Os suspeitos são funcionários efetivos e estão lotados nas secretarias de Serviços Urbanos, Meio Ambiente e Assuntos Fundiários, Fazenda, Gestão e na Procuradoria Fiscal. Todos eles  estão proibidos de acessar os locais de trabalho.