Pesquisa nas escolas irá avaliar iodação do sal
Vinte e sete escolas de Mato Grosso são convidadas a participar da Pesquisa Nacional de Avaliação do Impacto na Iodação do Sal. A pesquisa envolverá 20 mil estudantes em todo o país, na faixa etária de 6 a 14 anos, abrangendo 484 municípios (19 no Estado).
A pesquisa irá avaliar se o sal iodado oferecido à população é capaz de prevenir e controlar os Distúrbios por Deficiência de Iodo. Um dos problemas mais conhecidos é o bócio (aumento da glândula tireóide), também chamado de 'papo'.
O trabalho será realizado pelo Departamento Materno-Infantil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Centro de Pesquisas Epidemiológicas do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas. Esta equipe deverá entrar em contato com as escolas para informar os gestores e alunos sobre os procedimentos da pesquisa, que incluem coleta de urina dos estudantes e de amostras de sal de cozinha nas residências destes.
Das 27 escolas convidadas para a pesquisa, 14 são estaduais, 11 municipais e duas particulares. Em Cuiabá, sete escolas participarão do trabalho.
A participação na pesquisa é importante, pois esta irá determinar se o país está apto a receber o Certificado Internacional de Eliminação Virtual dos Distúrbios por Deficiência de Iodo.
Brasil
No Brasil, a iodação do sal é obrigatória desde 1953. Em 1974, através da Lei 6.150, tornou-se obrigatória tanto para o consumo humano como animal.
O iodo é necessário para a produção de hormônios pela glândula tireóide. Sua deficiência provoca, além do bócio, retardo mental e danos cerebrais. Outras consequências são a apatia, prejuízos na capacidade motora, fala, audição e baixa estatura. Nas gestantes, a falta de iodo pode provocar o retardamento mental do bebê, conhecido como "cretinismo".
Alguns alimentos são fontes naturais de iodo, tais como os peixes e frutos do mar, ovos, leite e seus derivados.
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