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Economia
Sexta - 10 de Outubro de 2008 às 10:53

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As capitais concentravam, em 2005, os cursos de pós-graduação no país, revela o estudo "Regiões de Influência das Cidades", divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao final daquele ano, as 27 capitais concentravam 68,7% dos 3.325 cursos de pós-graduação strictu sensu, divididos entre cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado. Os 82 centros do interior concentram os 1.041 cursos restantes.

Esses cursos eram encontrados em apenas 109 centros, o que segundo o IBGE, revela a concentração do sistema brasileiro de pós-graduação. Do total de cursos, 2.518 deles estão nas regiões Sul e Sudeste --respectivamente, 638 e 1.880.

O estudo mostra ainda que, em 2004, havia 18.644 cursos de graduação em 1.261 centros, que atendiam 4,1 milhões de alunos. São Paulo tinha 1,1 milhão de matrículas no ensino de graduação (53,8% na capital e o restante no interior do estado); o Rio de Janeiro tinha 444 mil matrículas (84,1% na capital) e Minas Gerais, 421 mil matrículas (35% na capital).

O IBGE constatou que a distribuição de domínios na Internet tem grandes desigualdades, com 40% dos municípios brasileiros sem nenhum domínio na rede mundial de computadores em 2005. Outras 3.319 cidades tinham, pelo menos, um domínio, sendo que metade desses municípios chegavam a, no máximo, seis domínios.

Ao mesmo tempo, somente São Paulo detinha 243.927 domínios, o que representa 33% do total, seguido por Rio de Janeiro (73.209), Curitiba (31.633), Belo Horizonte (28.132) e Porto Alegre (26.944).

Deslocamento

De acordo com o levantamento, o brasileiro se desloca, em média, 48 quilômetros para fazer compras no comércio. Na região Norte, onde há redes urbanas menos estruturadas, os deslocamentos de primeira opção são de 102 quilômetros. Já no Sudeste, os mesmos deslocamentos equivalem em média a 38 quilômetros.

"No Estado de São Paulo, por exemplo, que possui uma rede urbana bem estruturada e escalonada, predominam fluxos curtos e homogêneos. No Amazonas, no entanto, as redes que se formam envolvem deslocamentos longos, e chama a atenção o espraiamento da área capitaneada por Manaus, que exerce grande centralidade no estado", afirma o estudo.

Nessa mesma linha, o deslocamento em busca de serviços de saúde é de 54 quilômetros médios, em primeira opção. Essa distância chega a 108 quilômetros médios quando se vai atrás de tratamentos de maior nível de especialização. Novamente, no Sudeste predominam fluxos mais curtos, enquanto no Norte, por exemplo, os serviços concentram-se em regiões específicas, ocasionando deslocamentos mais longos.

O estudo demonstra que existem 12 grandes redes de influência no Brasil. Essas redes conectam cidades de Estados diferentes em alguns casos, como por exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro. A metrópole paulista exerce influência sobre boa parte do país, entre as quais regiões como parte de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e até o Acre. Lá estavam concentrados, em 2005, 28% da população brasileira e 40,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

A forte concentração em São Paulo se refletia no PIB per capita, avalia o IBGE. Na região paulista, chegava a R$ 21,6 mil. Já nos demais municípios dos outros 11 centros urbanos, não passava de R$ 14,2 mil.





Fonte: Folha Online

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