Quatro mil bancários entram em greve em MT
Em Mato Grosso, cerca de 4 mil bancários estão em greve a partir de hoje, por tempo indeterminado. Seguindo uma orientação nacional, a decisão foi tomada ontem, durante assembléia geral realizada na praça Alencastro, em Cuiabá, e contou com a participação de mais de 300 trabalhadores do setor.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Fincanceiro de Mato Grosso (Seeb), Arilson da Silva, a categoria reivindica aumento salarial e manutenção de benefícios. “É o único caminho para buscarmos a garantia dos nossos direitos”, disse Silva.
Conforme o presidente, as principais exigências da categoria são aumento real nos salários, com 5% de ganho, que significaria um reajuste salarial de 13,23% - com base na inflação – e maior participação de lucros e resultados (PLR) das empresas, que corresponderia a três salários mínimos, mais uma parcela fixa de R$ 3 mil.
Além disso, a categoria exige maior valorização do piso salarial, que corresponde hoje a R$ 921. Conforme a proposta dos trabalhadores, em três anos, o piso deverá aumentar para R$ 2.074. Outra reivindicação da categoria é o reajuste do auxílio creche/babá. Hoje, o valor utilizado é de R$ 180, e os bancários exigem que seja elevado para R$ 415.
De acordo com o presidente, as empresas ainda querem extinguir alguns direitos, até então, já conquistados. “Hoje, a idade máxima para uma criança permanecer na creche é de seis anos e 11 meses. Eles (banqueiros) querem reduzir um ano de permanência, ou seja, as crianças poderão ficar somente até cinco anos e 11 meses”, apontou.
Com a paralisação dos bancos, os usuários desses serviços devem ficar atentos sobre outras formas de pagamentos e transações bancárias.
De acordo com o gerente de Fiscalização e Controle do Procon do Estado, Ivo Vinícius Firmo, os consumidores devem procurar todos os meios disponíveis para efetuar qualquer tipo de pagamento. “Hoje, a internet e casas lotéricas estão em todos os lugares, o que facilita o acesso”, disse.
No entanto, destacou Firmo, se eventualmente o consumidor que não tiver esse acesso, ou a qualquer outro meio alternativo, o banco não poderá cobrar nenhuma taxa referente ao atraso do pagamento. “Se houver essa cobrança, o consumidor pode procurar qualquer unidade do Procon para garantir seus direitos”, afirmou.
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