Governo vai promover ''ampla reforma'' na Sejusp
Descontente com os indicadores da crescente violência em Mato Grosso, o governador Blairo Maggi decidiu promover uma "reforma" na Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com demissões e remanejamentos sem precendentes no histórico daquela pasta "em tempos de calmaria administrativa".
No epicentro da reforma, segundo informara fontes da Casa Civil e da Sejusp para o Olhar Direto, estaria um contrato com a empresa Braserv, empreiteira contratada para realizar manutenção e conversação de todas as unidades daquela pasta.
Além disso, pesou na decisão da mudança a "leniência" de alguns servidores da cúpula da pasta comandada pelo delegado federal Diógenes Curado Filho, sobre o qual o governador Blaitro Maggi depositou as esperanças para reverter indicadores extremamente negativos para a imagem do governo neste frágil segmento.
O primeiro a "tombar" na batalha 'reforma interna', de acordo com as mesmas fontes, o secretário executivo da Sejusp, Luiz Antonio de Carvalho, uma das vítimas do "remanejamento". Oficialmente, Carvalho foi exonerado 'a pedido'.
Na mesma leva de 'substituições e exonerações a pedido', sem falar em demissões, devem ser substituídos os responsáveis pela Superintendência Administrativa, pela Chefia de Departamento de Controle Interna, Assessoria de Núcleo, Coordenadoria de Controle de Contratos e algumas gerências.
O intrigante é que a Braserv, cujos contratos beiram os R$ 500 mil, está sendo investigada pela Delegacia Fazendária, segundo fontes do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Fazenda (Sefaz), em inquérito policial por "supostas irregularidades", dentre as quais tráfico de influência.
Outro detalhe mais intrigante ainda, conforme apurou a reportagem do Olhar, é que a empresa Braserv vem travando embates jurídicos contra a Sejusp para manter o atual status quo, altamente prejudicial para os cofres públicos, conforme todas as fontes ouvidas na noite desta terça-feira.
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