Cresce consumo pessoal do brasileiro, aponta pesquisa
Uma pesquisa realizada pelo Ibope Mídia e divulgada nesta terça-feira, em São Paulo, aponta que o índice de brasileiros que realizaram compras pessoais com freqüência mínima de 30 dias aumentou de 60%, em 2002, para 67% em 2008. A pesquisa indica ainda que a capital com o maior percentual de consumo é Belo Horizonte, que registrou índice de 71%. Na outra ponta está Fortaleza, com 63%.
A pesquisa ouviu, durante cinco dias de agosto deste ano, 3,4 mil pessoas de ambos os sexos das classes AB, C, DE com idades entre 12 e 64 anos nas oito principais regiões metropolitanas do País - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador e Distrito Federal.
A pesquisa mostra ainda que o consumo se popularizou, mas ainda acompanha as diferenças socioeconômicas: 77% das pessoas das classes AB realizaram compras recentemente, contra 65% da classe C e 55% da DE.
As pessoas mais jovens são as que mais se destacam pelo hábito de fazer compras. Entre a faixa etária dos 25 aos 34 anos, 71% dos consumidores foram às compras no último mês. O levantamento comprovou que as mulheres consomem com mais freqüência que os homens: 71% a 63%. Entre as entrevistadas, 21% afirmou realizar compras para se sentir melhor. Mais da metade (51%) dos entrevistados disse não andar com o cartão de crédito e os talões de cheque para não cair na tentação de gastar.
Salvador se destaca pela freqüência com que os compradores vão às compras: 35% dos consumidores foram às compras 14 vezes ou mais no último mês. Na outra ponta, Curitiba tem o maior percentual de compradores moderados - 53% dos consumidores da capital paranaense foram às compras de uma a seis vezes ou menos no último mês.
O estudo mostrou ainda o crescimento do consumo consciente. Entre os ouvidos, 89% dos entrevistados afirmaram que reciclar é um dever de todos e 71% estão dispostos a pagar mais por um produto que seja ecologicamente correto, 60% fazem um esforço consciente para reciclar e 63% estão dispostos a mudar seu estilo de vida para beneficiar o meio ambiente. Na contramão, 36% consideram que a preocupação com o meio ambiente é exagerada. Recife e Brasília se destacam nesta tendência, respectivamente com 44% e 42%.
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