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Agronegócios
Terça - 07 de Outubro de 2008 às 07:16
Por: Fabiana Reis

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Bushel foi comercializado a US$ 9,51 no mercado futuro, valor mais baixo obtido desde outubro de 2007, quando chegou a US$ 10

O preço da soja atingiu ontem o menor valor em 12 meses. A cotação da oleaginosa na Bolsa de Chicago chegou a US$ 9,51 (o bushel do grão, o que equivale a 27,215 quilos), o mais baixo desde outubro de 2007, quando esteve em US$ 10, para a mesma quantidade do produto. A retração nos preços vem ocorrendo desde junho deste ano, quando a cotação alcançou o pico máximo, de US$ 16 (o bushel) e de lá para cá vem caindo gradativamente.

Para analistas do setor e produtores, a segunda-feira foi muito ruim, pois várias commodities, não somente as agrícolas, registraram retração nas cotações, como ocorreu como o milho, petróleo, ferro, trigo, entre outros. O diretor do Centro Grãos, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), João Birkhan, explica que a cotação de ontem era referente à soja que vai ser colhida em março do ano que vem.

Ele diz que para os produtores mato-grossenses a baixa é ruim, porém ressalta que há pelo menos dois "consolos" os agricultores locais. O primeiro deles, segundo o diretor, é com relação ao pânico psicológico decorrente da crise internacional, mas que deve passar, já que a soja é a commoditie que tem mais chances de se recuperar se comparada a outros produtos. "Isso porque ela é alimento, e os países não deixam de comer mesmo diante da crise", diz ao lembrar que grandes consumidores do grão como é o caso da China e da Índia não sentiram os reflexos da crise internacional, que começou nos Estados Unidos há cerca de um mês.

Outro "consolo" citado por Birkhan é com relação à recuperação do dólar, que chegou a R$ 2,20 ontem. Ele considera que com a elevação da moeda americana frente ao real, os produtores rurais mato-grossenses, assim como os brasileiros, têm os custos fixos reduzidos, e terão de desembolsar menos reais para as compras ou pagamentos feitos com moeda americana. Na avaliação do diretor do Centro Grãos, não se deve deixar de considerar ainda que a baixa no preço da soja neste período do ano é normal, já que coincide com o período de colheita do grão nos Estados Unidos, maior produtor mundial do produto.

O diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Tomczyk, considera ainda a as perspectivas para a safra 2008/2009, tendo como referência o momento atual, são as piores possíveis. Ele afirma que para aos produtores que optaram por plantar neste ano agrícola, a prioridade deve ser a lavoura. "Deve-se deixar os demais compromissos de lado, pois se não cuidar da safra a situação pode piorar".





Fonte: A Gazeta

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