Anvisa suspende venda e uso de 2 antiinflamatórios
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu pela suspensão da comercialização e uso, em todo o País, do antiinflamatório Prexige (Lumiracoxibe) de 400 mg, do laboratório Novartis, e do medicamento Arcoxia (Etoricoxibe) 120 mg, da Merck Sharp e Dohme. Conforme nota da agência, as determinações serão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) do próximo dia 6. O Prexige de 100 mg já estava com a venda proibida desde julho.
Conforme entendimento dos especialistas da Anvisa, há mais riscos do que benefícios no uso desses medicamentos. Os consumidores que estiverem fazendo uso de qualquer um dos remédios suspensos devem procurar seus médicos para substituí-los, sem interromper o tratamento.
Segundo a agência, o cancelamento do registro desses produtos faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho, na Anvisa, para reavaliar a segurança dos antiinflamatórios não esteróides inibidores da ciclooxigenase (Cox-2).
Para ampliar o controle sobre a utilização desses medicamentos, a Anvisa determinou ainda que toda a classe de inibidores de Cox-2 só poderão ser vendidos com retenção da receita médica (receituário C1 - branco) pelo estabelecimento farmacêutico.
O antiinflamatório Lumiracoxibe tinha indicações aprovadas para tratamento de osteoartrite (um tipo de artrite), da dor aguda e da dismenorréia (cólica menstrual) primária. Já o Etoricoxibe é utilizado para reumatismo, gota, artrite, dor articular, cólica menstrual e em pós-operatórios.
Adequações
A Anvisa também informou que as apresentações de 60 mg e 90 mg do medicamento Arcoxia sofrerão adequações em suas bulas para que sejam incluídas advertências de segurança quanto aos níveis relativos à pressão alta e cardiovasculares.
A bula do medicamento Celebra (Celecoxibe), da empresa Pfizer, também sofrerá alterações, com novas restrições relativas ao tempo de tratamento e à utilização durante a gravidez e o período de amamentação.
A Anvisa determinou ainda que o antiinflamatório Bextra (Parecoxibe), da Pfizer, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A medida deve-se aos riscos inerentes à classe terapêutica e à ausência de demonstração de benefícios gastro-intestinais.
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