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Polícia Brasil
Quinta - 02 de Outubro de 2008 às 13:08
Por: Carlos Lemos

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Teve vida curta o jovem Leandro Bagini Silva, 17 anos. Morreu na manhã desta quinta-feira, com três tiros na porta da loja de rações de sua tia, na Avenida Beira Rio, no bairro Praeirinho. Levou três tiros a queima-roupa, sem tempo para se defender.

Leandro, filho de família de classe média que morava no Parque Cuiabá tinha tudo para ser um jovem de sucesso. Estudou em escolas particulares. Mas não soube aproveitar as oportunidades. Foi expulso de uma tradicional escola participar. Em outros colégios se matriculava e nem ia. Se enveredou para o mundo do crime começando com a venda de drogas no bairro. Se exibia com roupas elegantes, ao mesmo tempo que procurava confusão e brigas.

No final do ano passado se envolveu com outros jovens do bairro em um assalto a um taxista. Foi preso e levado para o Pomeri. Não ficou nem dois meses. Foi solto logo e, já escolado no mundo do crime, passou a andar armado e a provocar brigas. No carnaval, na principal avenida do bairro, acumulou inimigos ao querer brigar com muita gente. A família tentava tirar do meio, tudo em vão.

Em seis de maio deste ano voltou a aprontar. Deu quatro tiros em um jovem conhecido como Dieguinho, supostamente seu amigo e que o acusara de ter entrado em sua casa roubado um computador, celular, dinheiro. Não matou o desafeto, que foi para o hospital e se recuperou. Foi preso minutos depois, levado para o Pomeri e mesmo com a vasta lista de crimes foi solto um mês depois.

A família, temendo represálias se mudou do bairro, deixando até um comércio que tinha na principal avenida. Mas Leandro Bagini, ou Leandrinho para os amigos nunca deixou de voltar ao Parque Cuiabá. Ia para lá e dizia não ter medo da morte, dos desafetos.

Hoje, foi cedo para a casa comercial da tia. Estava ajudando, trabalhando, quando uma moto Titan azul parou na esquina da loja. Um jovem desceu, chegou na porta e o chamou. Ao atender levou o primeiro tiro. Se encostou em um carro que estava estacionado ao lado. Levou mais dois tiros. Não teve a mesma sorte de seu algós Dieguinho que mesmo com quatro tiros saiu vivo. Morreu ali ao lado da tia, que espantada viu tudo. A Polícia está investigando o caso e ainda não sabe o autor do crime.

Foi o fim de um garoto de classe média, que tinha tudo para se realizar na vida e que acabou cedo por se aventurar no mundo das drogas, do crime, da marginalidade.





Fonte: 24 Horas News

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