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Criada na última terça-feira, comissão não “sobreviveu” sequer 24 horas. Social-democrata nega que tenha sido pressionado pelo governo do Estado
Português retira assinatura de CPI
WIDSON MARADONA
Em protesto, Ademir Brunetto disse que Airton Português não tinha caráter e recebeu ameaças de ser processado por quebra
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as responsabilidades em relação à perda de medicamentos vencidos no Centro Estadual de Armazenamento e Distribuição de Insumos de Saúde (Ceadis) não durou nem 24 horas. O deputado Airton Português (PSD) retirou sua assinatura do requerimento, que havia sido aprovado, com os oito avais necessários à instauração da investigação na sessão da última terça-feira (11).
A desistência de Português provocou a revolta do deputado Ademir Brunetto (PT), idealizador da CPI. Durante a sessão noturna desta quarta-feira (12), o petista chegou a dizer que o social-democrata não tinha caráter e que sofreu pressão do governo para não assinar o pedido de investigação. Classificou ainda a atitude de Português como vergonhosa.
As declarações de Brunetto causaram a indignação do deputado Walter Rabello (PSD). “O senhor não tem legitimidade para falar do caráter de Português”, disse. Líder do PSD na Assembleia Legislativa, Rabello reclamou ainda que a postura poderia resultar em quebra de decoro parlamentar. “O senhor não é dono da verdade. Não pode ofender a honra dos deputados”, completou.
O líder do governo e atual presidente da mesa diretora, Romoaldo Junior (PMDB), embora tenha lamentado a postura do petista, amenizou a situação pedindo que o termo "falta de caráter" fosse retirado da ata da sessão.
Brunetto concordou, diante da possibilidade de Rabello “abrir processo” contra ele. O petista ainda assumiu o erro e afirmou que não teve intenção de ofender nenhum parlamentar. Assim, o clima foi amenizado.
Durante a discussão, Romoaldo garantiu que o governo não exerceu "pressão" sobre os deputados que assinaram a CPI. "O governo não intercedeu e nem procurou ninguém. O (Hermínio J.) Barreto assinou e nem eu, nem o governador, pediu para retirar assinatura. O deputado Português, se o fez, é prerrogativa sua", rebateu o peemedebista.
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, em resposta à declaração de Brunetto sobre a suposta pressão sofrida por Português, se limitou a dizer que o governo não teve qualquer participação na decisão do parlamentar.
Antes da retirada da assinatura de Português, o governador Silval Barbosa (PMDB), durante vistita à Arena Pantanal, disse estar tranquilo com a instauração da CPI e que ela era bem-vinda.
Em nota, a assessoria do deputado Português confirmou a retirada do nome dele do requerimento. “O deputado Português afirma que, diante do pronunciamento do deputado Brunetto ontem (terça-feira), que tratou de forma desrespeitosa colegas de parlamento que não assinaram o pedido de CPI, resolveu retirar a assinatura em solidariedade pela ofensiva”, diz trecho da nota.
O requerimento proposto por Brunetto conta agora com as assinaturas de Dilmar Dal Bosco (DEM), Márcio Pandolfi (PDT), Luciane Bezerra (PSB), Alexandre Cesar (PT), Guilherme Maluf (PSDB) e Jota Barreto (PR).
A desistência de Português provocou a revolta do deputado Ademir Brunetto (PT), idealizador da CPI. Durante a sessão noturna desta quarta-feira (12), o petista chegou a dizer que o social-democrata não tinha caráter e que sofreu pressão do governo para não assinar o pedido de investigação. Classificou ainda a atitude de Português como vergonhosa.
As declarações de Brunetto causaram a indignação do deputado Walter Rabello (PSD). “O senhor não tem legitimidade para falar do caráter de Português”, disse. Líder do PSD na Assembleia Legislativa, Rabello reclamou ainda que a postura poderia resultar em quebra de decoro parlamentar. “O senhor não é dono da verdade. Não pode ofender a honra dos deputados”, completou.
O líder do governo e atual presidente da mesa diretora, Romoaldo Junior (PMDB), embora tenha lamentado a postura do petista, amenizou a situação pedindo que o termo "falta de caráter" fosse retirado da ata da sessão.
Brunetto concordou, diante da possibilidade de Rabello “abrir processo” contra ele. O petista ainda assumiu o erro e afirmou que não teve intenção de ofender nenhum parlamentar. Assim, o clima foi amenizado.
Durante a discussão, Romoaldo garantiu que o governo não exerceu "pressão" sobre os deputados que assinaram a CPI. "O governo não intercedeu e nem procurou ninguém. O (Hermínio J.) Barreto assinou e nem eu, nem o governador, pediu para retirar assinatura. O deputado Português, se o fez, é prerrogativa sua", rebateu o peemedebista.
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, em resposta à declaração de Brunetto sobre a suposta pressão sofrida por Português, se limitou a dizer que o governo não teve qualquer participação na decisão do parlamentar.
Antes da retirada da assinatura de Português, o governador Silval Barbosa (PMDB), durante vistita à Arena Pantanal, disse estar tranquilo com a instauração da CPI e que ela era bem-vinda.
Em nota, a assessoria do deputado Português confirmou a retirada do nome dele do requerimento. “O deputado Português afirma que, diante do pronunciamento do deputado Brunetto ontem (terça-feira), que tratou de forma desrespeitosa colegas de parlamento que não assinaram o pedido de CPI, resolveu retirar a assinatura em solidariedade pela ofensiva”, diz trecho da nota.
O requerimento proposto por Brunetto conta agora com as assinaturas de Dilmar Dal Bosco (DEM), Márcio Pandolfi (PDT), Luciane Bezerra (PSB), Alexandre Cesar (PT), Guilherme Maluf (PSDB) e Jota Barreto (PR).
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/17220/visualizar/
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