Justiça condena ex-presidente da Iomat a 10 anos de prisão
A Justiça condenou o ex-presidente da Imprensa Oficial de Mato Grosso - Iomat, Claudiomiro Pires Camargo, a dez anos e oito meses de prisão por desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
A ex-coordenadora administrativa financeira, Dilma Mota Curcino, também foi condenada a sete anos e oito meses de prisão em regime semi-aberto. Os dois foram denunciados em ação penal pelo desvio de mais de R$ 150 mil do Iomat.
No processo, a defesa de Claudiomiro alegou que ele desconhecia os desvios praticados pela funcionária. Advogados de Dilma Curcino argumentaram que ela foi coagida a participar do esquema para não perder o emprego. Os advogados dela vão recorrer da decisão.
Segundo o despacho do Juízo da Vara Especializada contra o Crime Organizado, Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica, Crimes contra a Administração Pública e Crimes de Lavagem de Dinheiro, Claudiomiro deve cumprir a pena em regime inicialmente fechado.
De acordo com os autos da Ação Penal Pública Incondicionada número 124/2008, os desvios e apropriações apurados referem-se a 24 cheques emitidos em favor da Iomat, totalizando R$ 152.038,93. Os cheques foram entregues para pagamento de serviços realizados, mas em vez de serem depositados na conta corrente da Imprensa Oficial, foram parar nas contas correntes de três factorings que realizavam a troca dos cheques, inclusive de pré-datados. A acusação também afirmou que durante as investigações foram encontrados R$ 80 mil na residência de um dos réus.
O magistrado também determinou a devolução de dois veículos pertencentes ao ex-presidente da Imprensa Oficial, por não terem sido adquiridos com proveitos dos crimes objeto da ação penal.
Com relação aos valores apreendidos durante a investigação na residência da co-acusada no montante de R$ 80 mil, o magistrado decretou a sua perda em favor da União em atenção ao requerido pelo Estado e determinou também a manutenção da apreensão judicial do dinheiro, que ficará à disposição do Juízo Cível, onde tramita uma ação de reparação de danos causados ao Estado.
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