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Economia
Quarta - 24 de Setembro de 2008 às 12:35

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O rendimento médio mensal per capita das famílias 10% mais ricas do País em 2007 era 42,55 vezes maior que o rendimento médio das 10% mais pobres, apontou análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira. Em média, a fatia mais rica recebeu cerca de R$ 2.830 por pessoa, enquanto as mais pobres ganharam R$ 66.

No último ano, o rendimento médio familiar per capita da população brasileira ficou em torno de R$ 624, mas o estudo apontou grandes diferenças entre as regiões. Por exemplo, no Nordeste os 10% mais pobres viviam em média com R$ 36,47 por mês, enquanto no Sul a mesma faixa conseguia R$ 107,16.

Do mesmo modo, a diferença entre as duas faixas opostas aumenta no Nordeste e recua no Sul, de 48,99 vezes mais para 28,37 vezes. O Centro-Oeste apresentou a segunda maior discrepância, com os 10% mais pobres recebendo em média R$ 93,27 per capita e os 10% mais ricos R$ 3.624,35 - valor até maior que a média do Sudeste, de R$ 3.216,91.

Segundo o IBGE, 40% das famílias com os menores rendimento viviam com R$ 164,39 por pessoa em média, o que é 17,22 vezes menos que a fatia mais rica da população. Por sua vez, os dados também apontam grande diferença entre as regiões: no Norte o valor ficava em torno de R$ 122, enquanto no Sudeste era de R$ 225.

Segundo Ana Lúcia Sabóia, gerente da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, "o dado mais expressivo é a redução das pessoas que vivem com até meio salário mínimo. Esse dado mostra que, entre 2004 e 2007, houve uma redução significativa de pessoas que viviam com esse rendimento tanto no País como um todo e especialmente no Nordeste, onde a proporção caiu pela metade".

Raças

De acordo com o estudo que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), os rendimentos médios das pessoas que se declararam negras ou pardas era quase 50% menor que dos brancos. A renda mensal dos brancos que trabalhavam em 2007 na época da pesquisa girava em torno de 3,4 salários mínimos. Já os negros ou pardos recebiam em média 1,8 salários.

Ainda conforme a análise do IBGE, o valor da hora trabalhada por brancos era em média R$ 8, o que poderia dobrar se a pessoa tivesse 12 anos ou mais de estudo. Por sua vez, os negros e pardos recebiam cerca de R$ 4,50 por hora de trabalho e, mesmo entre os que apresentavam alto nível de escolaridade, o valor da hora trabalhado era consideravelmente menor - R$ 11,40 contra R$ 16,40.





Fonte: Redação Terra

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