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Nacional
Domingo - 21 de Setembro de 2008 às 11:40

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Por ano, 6,9 mil pessoas perdem a vida em balneários, rios, mares, lagos, cachoeiras e piscinas de clubes do País. Todos são vítimas de afogamento. O índice de mortes é o mesmo registrado por câncer de colo de útero -­ terceiro tumor mais freqüente entre as mulheres. Entre 1996 e 2006, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, foram 69.731 óbitos.

E as estatísticas, longe de serem completas, preocupam. De janeiro até o início do mês, por quase todas as partes do Brasil, houve aumento na quantidade de casos. A falta de cuidado nas águas tem feito vítimas especialmente em Porto velho, Rio Branco, Macapá e Teresina, que encabeçam o ranking de afogamentos.

As principais vítimas são homens entre 15 e 29 anos. Na avaliação da Companhia de Salvamento Aquático (CSA) do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a maior parte das mortes é por ingestão de bebidas alcoólicas. No DF, este ano, houve 26 afogamentos. Em 2007, foram 38. O monitoramento dos locais públicos é apontado, por especialistas, como o principal instrumento de combate aos afogamentos. Campanhas de conscientização também teriam impacto.

Outras medidas seriam tornar obrigatória a colocação de cercas e placas avisando sobre o risco e a profundidade (inclusive das piscinas) e interditar locais com acidentes geográficos. Mas na prática as políticas de prevenção estão longe do ideal e ficam a cargo apenas dos Bombeiros e do Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil (Salvamar).

No Congresso, repousam projetos que tornam obrigatória a presença de salva-vidas e que estabelecem normas para o funcionamento em todos os estabelecimentos que explorem balneários ou outros locais aquáticos abertos ao uso do público. ­"Não tenho dúvida que diminuiria muito o número de ocorrências", afirma o deputado Vander Loubet (PT-MS), autor de uma das propostas. "Nos locais em que não há a presença de um profissional, a chance de um acidente acontecer e ser fatal é ainda maior."

Crianças

Os afogamentos também atin- gem significativamente crianças de 1 a 4 anos. Esta é a principal causa da morte acidental entre crianças desta faixa etária. Entre zero e 14 anos, os afogamentos são a segunda maior causa, perdendo para acidentes de trânsito. A diferença entre o afogamento de adulto e de criança é o local.

Muitos casos acontecem dentro de casa, na banheira ou em um balde usado para a limpeza. Qualquer recipiente com água é perigoso. Especialistas alertam: a companhia de um adulto e equipamentos de segurança nem sempre são suficientes. Muitos acidentes acontecem com crianças acompanhadas.





Fonte: JB Online

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