Sobrevivente de acidente na BR-364 relata momentos de pânico após colisão

Embarcaram no fim da tarde de hoje para o Espírito Santo, os corpos das oito pessoas mortas no acidente na BR-364. Eles vão ser transportados de avião até Vitória (ES).

Quem sobreviveu à tragédia relata o pânico que presenciou. "Eu só ouvi o grito de um dos passageiros dizer "motorista", quando ouvi ele gritar abri os olhos e já estava no chão". Este é o relato de Joseni da Silva Santos que estava no micro-onibus que bateu de frente com uma carreta na BR-364.

Das 16 pessoas envolvidas no acidente apenas quatro sobreviveram." Eu não percebi a questão do barulho. Quem estava na frente (Van) tinha a visualização total. Quem estava atrás não percebeu", ressalta.

Acidente

Dentre os mortos, oito pertenciam a mesma família e eram convidados de um casamento que seria realizado em Rondonópolis, distante a 210 quilômetros de Cuiabá. O grupo saiu de avião de Vitória no Espirito Santo para Cuiabá. No aeroporto embarcaram no micro-ônibus. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, chovia na estrada quando uma carreta que viajava para Cuiabá invadiu a pista contrária e atingiu o outro veículo cheio de passageiros.

Outras vítimas

Seis pessoas foram socorridas com vida para Rondonópolis. Uma para a Santa Casa e as outras cinco no Hospital Regional. Além de Joseni outra pessoa recebeu alta, duas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Já seu Osório Flores, de 63 anos, permanece internado. Para o diretor da unidade hospitalar, Enio Ricardo Pereira Júnior, o paciente tem chances de recuperação. "Ele apresenta uma fratura de membro inferior e está estável e consciente. Eu acredito na recuperação dele", informa.

A vítima internada na Santa Casa é Abigail de Brito, ela teve um corte profundo na cabeça, mas está fora de perigo. O motorista da carreta, Genessi Montovani era de Campo Grande (MS), o corpo dele já foi encaminhado para cidade onde morava.

Em Rondonópolis amigos e familiares compareceram no velório do motorista do microonibus Silvio Cesar de Pinho realizado no Cemitério da Vila Aurora. Em meio a tanto sofrimento ainda se destacou a fé de quem sobreviveu. "Se for olhar em relação aos outros eu não tive nada", ressalta Joseni.

Além do motorista do microonibus que morava em Rondonópolis, o corpo de Gilma de Meira Gusmão é velado no Cemitério da Vila Aurora onde deve ser sepultado amanhã de manhã (21). Os corpos dos oito parentes foram transportados para Vitória (ES). Destes, três seguem para a cidade de Piuma, localizada no litoral do Estado do Espírito Santo onde vão ser enterrados. O casamento que seria realizado hoje à noite foi cancelado.