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Salgadeira deixará de ser balneário e secretário alega incompetência do Estado
O Complexo da Salgadeira deixará de ser balneário. O novo projeto do ponto turístico exclui a possibilidade de banho e permite apenas a contemplação. O novo formato foi apresentado nesta quarta-feira (12) durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores. Durante os debates, o secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Jairo Pradela, chegou a alegar “incompetência do Estado em gerenciar a prática”.
Em seguida, Pradela amenizou o discurso não descartou a possibilidade de que o tradicional ‘banho’ na Salgadeira, futuramente, volte a ser uma opção de lazer para a população da baixada cuiabana. A solução seria a concessão do serviço, pelo fato de “o governo não ter competência de gerenciar esse tipo de atrativo turístico”.
Ainda de acordo com Jairo Pradela a conclusão da obra da Salgadeira será uma “questão de honra” e é um compromisso com a população mato-grossense.
Com o plenário repleto de representantes de entidades interessadas na reabertura do espaço, a proibição dos banhos gerou debates e criticas ao novo projeto. Muitos aproveitaram a tribuna para lembrar que existem múltiplas possibilidades de uso no local, sendo que, uma delas inclui a acessibilidade - item foi excluído do projeto.
Representando a Associação dos Deficientes Visuais, Rossania Ribeiro cobrou a inclusão de ferramentas que permitam que os cegos apreciem o lugar. “Nessa apresentação muitos se falaram dos cadeirantes, mas também temos os deficientes visuais. Com relação à contemplação o deficiente visual está impossibilitado, porém pode-se trabalhar com a audição percepção do tato e locomoção. Onde está o piso tátil a áudio descrição haverá esses recursos?” questionou.
O presidente da mesa de debates, Mário Nadaf (PV), também cobrou a retomada do balneário. O parlamentar ressaltou que, “não devemos pagar um preço tão caro. Fizemos mal uso da área, mas é uma pena muito grande não permitir que nós não possamos tomar nenhum bainho na salgadeira. É uma grande punição para quem não tinha conhecimento ambiental”, lamentou o Nadaf ao atrelar a degradação à falta de conhecimento ambiental da época.
O vereador Leonardo de Oliveira reiterou a fala do secretario para pedir prudência quanto às concessões. Segundo ele, quando fala em concessões fala-se em faturamento e é o aumento do risco de a população fica fora por não ter condições de pagar.
Fonte:
Olhar Direto
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