Suspeito de vazamento, "número 2" da PF é solto
A assessoria de comunicação da Polícia Federal informou que não havia motivo para mantê-lo preso, já que todas as diligências foram cumpridas e Menezes respondeu a todas as perguntas. Ele foi liberado por volta da 0h30.
Ontem, o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Roberto Troncon, que assumiu o cargo de diretor-executivo no lugar de Menezes, negou que a prisão do colega tinha relação com o vazamento de informações.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o número dois da PF também é suspeito de ter cometido crime de advocacia administrativa - quando um servidor público usa de de sua condição para obter vantagens em proveito próprio ou de terceiros.
A prisão de Menezes é parte dos desdobramentos da Operação Toque de Midas, realizada em julho contra fraudes no processo de licitação da concessão de uma estrada de ferro no Amapá. Nas investigações, foram identificados indícios de corrupção passiva e tráfico de influência entre funcionários do grupo EBX, ligada a Eike Batista, de uma prestadora de serviços e do delegado. A assessoria da PF afirma que o grupo buscava facilidades junto à polícia, como fraude na inscrição de curso especial de supervisor de segurança portuária.
O diretor-executivo recebeu voz de prisão do diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, no gabinete dele, na sede da corporação em Brasília. Menezes é delegado de carreira da PF e chegou ao cargo de diretor-executivo por indicação de Correa.
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