Ministro quer renda do pré-sal na educação profissional
O ministro da Educação, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira que os recursos obtidos com o pré-sal deverão ser destinados a investimentos na educação profissionalizante.
"[Precisamos] garantir já no ensino médio que todo jovem que não chegar à universidade tenha educação de qualidade e integrada à educação profissional", disse o ministro em entrevista a correspondentes internacionais no gabinete regional da Presidência da República, em São Paulo.
Segundo ele, os recursos do pré-sal também deverão financiar investimentos na ampliação do acesso à educação infantil, na criação de mais vagas nas universidades, na formação --e remuneração-- dos professores e no fortalecimento do ensino médio.
O ministro disse ter "conversado muito" sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de semana, em Petrópolis, Rio de Janeiro, onde os dois participaram da inauguração de uma escola técnica federal.
"Ele [Lula] já me encomendou a constituição de um grupo de estudo para apresentar para ele, no final do ano ou no começo do ano que vem, o que será feito com esse fundo de recursos novos para a educação."
Segundo Haddad, os estudos vão ocorrer em paralelo com as discussões sobre o marco regulatório do petróleo, das quais o MEC não participa.
PED 2
Lula já batizou o conjunto de medidas de educação que deverão ser financiados pelos recursos esperados da exploração do pré-sal de "PED 2", em referência ao Plano de Desenvolvimento da Educação, um conjunto de programas voltados para a melhora da qualidade da educação brasileira.
Como as metas do PDE atual estão estabelecidas até 2011, "a etapa pré-sal" do plano deverá ter vigência a partir de 2011 e dar início a um novo ciclo de dez anos.
Questionado sobre quanto dos recursos do pré-sal gostaria de ver destinado à educação, o ministro da Educação respondeu "100%", em tom de brincadeira.
Lembrado de que o ministro da Cultura, Juca Ferreira, já havia pedido 1%, disse então que se contentaria com "99%".
Outros ministros --incluindo Nelson Jobim (Defesa) e José Pimentel (Previdência)-- já expressaram publicamente a vontade de ter uma fatia do pré-sal.
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