STF retoma debates sobre aborto de fetos com anencefalia
Quatro especialistas participam da audiência pública. A médica Elizabeth Kipman Cerqueira afirma que a morte cerebral só é constatada após o nascimento, por isso é contrária à interrupção da gravidez logo após o diagnóstico da anencefalia.
"Dentro do útero não é possível determinar a morte encefálica. Quem afirma isso está passando por cima de critérios científicos", afirmou.
Segundo a ginecologista, com 14 semanas se identifica um caso de anencefalia, mas apenas com 24 semanas é que a má-formação se desenvolve, porque o tecido nervoso continua se desenvolvendo mesmo num feto anencefálico. "O feto é vivo. Seriamente comprometido quando nasce, com curtíssimo tempo de vida, mas está vivo", disse Elizabeth.
Também participam da audiência pública a socióloga Eleonora Menecucci de Oliveira, professora titular do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo; a ministra Nilcéia Freire, presidente do Conselho Nacional de Direitos da Mulher, da Presidência da República; e Talvani Marins Moraes, médico especializado em psiquiatria forense, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.
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