Europa vive 2º dia de baixa nas bolsas
Por volta das 8h30 (horário de Brasília), o FTSE-100, de Londres, perdia 3,05%, enquanto o alemão DAX recuava 2,16%. Na França, a queda estava em 2,00%. Na Espanha, o Ibex 35 tinha queda de 1,30%.
Os mercados reagem agora a problemas registrados pela seguradora AIG, que teria mais de US$ 43 bilhões em créditos relacionados aos financiamentos subprime, de alto risco de inadimplência. As ações da companhia perdem cerca de 10%.
Na segunda-feira, a seguradora, cujas ações caíram cerca de 50% no mesmo dia, anunciou um acordo pela qual suas subsidiárias irão emprestar à matriz um total de US$ 20 bilhões para que ela continue operando, graças a uma permissão dada pelo órgão regulador de seguros do estado de Nova York.
O "The Wall Street Journal" informou que AIG deve vender seu braço que opera fundos de pensão e a seguradora americana de veículos. Ela também estaria disposta a colocar à venda sua subsidiária de leasing aeronaves, a International Lease Finance Corp., que financia mais de 900 aviões, avaliada em mais de US$ 50 bilhões.
A seguradora já perdeu US$ 18 bilhões nos últimos três trimestres em garantias de títulos no mercado de derivativos de financiamentos imobiliários.
Ásia
Na Ásia, as bolsas tiveram um dia de quedas expressivas. O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong terminou a sessão em forte queda de 5,4%. Já o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio desabou 4,95%.
O Kospi da Bolsa de Seul (Coréia do Sul) fechou em forte queda de 6,10%. A Bolsa de Xangai encerrou a sessão em retrocesso de 4,47%. A Bolsa de Taiwan também fechou o dia em forte queda: 4,89%, seu nível mais baixo dos últimos 35 meses.
Quebra do Lehman
A quebra do banco Lehman Brothers, que movimentou as bolsas na segunda-feira, é a mais importante nos EUA desde 1990, quando o Drexler Burnham Lambert - especialista em "bônus lixo" - apresentou a mesma declaração.
O Lehman Brothers, que operava há 158 anos, se transformou no terceiro banco de investimento que desaparece ou muda de mãos em seis meses nos EUA. Em março, o Bear Stearns obrigou a intervenção do Departamento do Tesouro. Neste domingo (14), o Bank of America comprou o Merrill Lynch.
Com informações da France Presse, Reuters, EFE e Agência Estado
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