Governo boliviano quer reparar danos a gasoduto em até 15 dias
O ministro de Finanças da Bolívia, Luis Alberto Arce, disse nesta quinta-feira (11), em Brasília, que o governo de seu país está trabalhando para reparar, o mais rápido possível, o estrago causado pela explosão do gasoduto localizado em Tarija, por manifestantes oposicionistas, que gerou a redução na exportação de 3 milhões de metros cúbicos por dia de gás ao Brasil.
Este montante representa cerca de 10% dos 30 milhões de metros cúbicos importados diariamente pelo Brasil. "A YPFB [Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos - estatal que trata do gás] já está fazendo o reparo o mais rápido possível. Deve demorar de 10 a 15 dias", disse Arce a jornalistas.
Segundo ele, os campos petrolíferos, e de gás, estavam protegidos pelas forças armadas. Entretanto, explicou que o gasoduto, por exemplo, tem uma extensão enorme, o que dificulta o patrulhamento. "Os campos estavam protegidos, mas o gasoduto tem longuíssima proporção. As Forças Armadas estão redobrando esforços para vigiar locais onde podem ocorrer atentados terroristas", disse Arce.
O ministro de Finanças da Bolívia informou que a explosão vai gerar um impacto de US$ 8 milhões por dia às finanças do país, valor referente aos 3 milhões de metros cúbicos que deixarão de ser exportados até a normalização do fornecimento. "É uma prioridade [a normalização do fornecimento]", concluiu.
Nesta quarta-feira (10), o ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, anunciou que haverá um plano de contingência para suprir as necessidades brasileiras de gás frente aos problemas que estão ocorrendo na Bolívia.
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