Gilmar Mendes afirma que não deve ir à CPI dos Grampos
“Não devo comparecer. A orientação do tribunal é de que nós não devemos comparecer a CPIs”, disse o ministro após a abertura de um seminário em Brasília.
Para Mendes, o depoimento à CPI não seria a melhor forma de debater a questão. “Entende-se que não é conveniente, tendo em vista os vários aspectos institucionais”. Ele afirmou que poderá ir ao Congresso falar sobre o tema em outro contexto e dentro de alguma comissão permanente da Casa.
Operação Satiagraha
Sem querer emitir juízo prévio, Mendes defendeu que se abra uma discussão sobre a legalidade da participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha da Polícia Federal, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas.
Mendes afirmou ter dúvidas sobre a possibilidade jurídica desta cooperação. “Não importa se eram um, dois ou dez (agentes), é preciso saber se a cooperação é legal. Essa é a primeira pergunta a ser respondida”. Ele não quis comentar a participação do ex-agente do Sistema Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento na Operação e a possibilidade de anulação das provas obtidas pela PF.
Sobre escutas telefônicas, o ministro voltou a defender maior controle. Ele afirmou que o grampo “não pode ser a única prova e nem a prova inicial” de uma investigação.
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