Minc ataca governo de MT e diz que eleição reduz fiscalização
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje, em Brasília, que o combate às queimadas em Mato Grosso está abaixo do esperado e, indiretamente, criticou o governo estadual ao afirmar que, em parte, a falta de medidas punitivas é devido ao período eleitoral. Minc foi ao Parque Nacional Juruena, no extremo Norte, acompanhar fiscalização, e sobrevoou a região Norte.De acordo com a assessoria, ele ficou impressionado com a quantidade de focos de incêndio que viu durante sobrevôo que fez para uma fiscalização no Mato Grosso, ontem. "Nós vimos muitos focos de incêndio e percebemos que o ritmo da fiscalização não é satisfatório. Atribuímos isso, em parte, ao período de campanha eleitoral. Ninguém quer multar, fiscalizar, apreender nessa época! Por outro lado, também precisamos acelerar os investimentos em atividades sustentáveis. Podemos fechar uma serraria em uma hora. Mas quanto tempo vamos precisar para criar cinqüenta empregos?", questionou Minc.
A falta de alternativas de atividades econômicas sustentáveis leva a população, mesmo de comunidades tradicionalmente extrativistas, a práticas criminosas como questão de sobrevivência. "Muitas vezes são os próprios habitantes das reservas extrativistas que desmatam para formar pastagens e cuidam do gado para ficar com um bezerro em cada três", constatou o ministro.
Durante debate, Minc defendeu o Fundo Amazônia, que ele acredita seja um mecanismo eficiente para promover os investimentos necessários para fortalecer a economia sustentável e informou que o Ministério da Justiça está finalizando o recadastramento das organizações não-governamentais que atuam na região para credenciar novos parceiros.
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