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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 10 de Setembro de 2008 às 17:46

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Ao menos 26 pessoas morreram ao tentarem atravessar o golfo do Aden com a ajuda de contrabandistas em embarcações clandestinas, informou nesta quarta-feira a agência da ONU para os refugiados (ACNUR) no Iêmen --que fica na região conhecida como Chifre da África. As vítimas eram desta região, onde estão localizadas também Somália e Etiópia.

Os sobreviventes disseram que um barco carregado com cerca de 120 pessoas parou em alto mar, na última terça-feira, e todos os passageiros foram obrigados a deixar a embarcação sob a mira de armas. Os que se recusavam eram agredidos, e alguns foram mortos.

Os sobreviventes relataram ainda que os contrabandistas prometeram resgatar todos em um barco menor e desembarcar em terra firme. Mas este barco nunca chegou a atracar.

Pelo menos 74 sobreviventes conseguiram nadar até à praia, onde foram levados a um centro de recepção do ACNUR em Ahwar. Autoridades disseram nesta quarta-feira que 26 corpos foram encontrados e que outros 20 estavam desaparecidos.

Esta última tragédia coincide com o aumento de pessoas sendo traficadas no golfo do Aden, por causa da situação de crescente insegurança na Somália. Só neste ano, 25.859 pessoas chegaram ao Iêmen após cruzarem o golfo em barcos operados por traficantes de pessoas. Mais de 200 morreram e ao menos 225 desapareceram. No mesmo período do ano passado, foram registradas 9.153 entradas de migrantes, 267 mortes e 118 desaparecimentos.

Segundo o ACNUR, existem vários fatores que explicam o crescimento de passageiros clandestinos no Iêmen, como por exemplo a contínua instabilidade na Somália, a abertura de novas rotas de tráfico no golfo do Aden e a percepção de que foi reduzida a vigilância na costa devido ao mês sagrado do Ramadã.

No ano passado, a agência da ONU para refugiados iniciou um programa de US$ 18,9 milhões no Iêmen para fornecer assistência humanitária, abrigo para refugiados e treinamento para a guarda costeira e outras autoridades governamentais.





Fonte: Folha Online

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