Corpo é encontrado dentro de freezer em Cuiabá
A polícia investiga a estranha morte de Fábio Alexandro Olímpio da Silva (28), encontrado morto no freezer de um bar do Jardim Leblon, em Cuiabá, no domingo de manhã. O laudo de necropsia aponta como causa de morte asfixia por confinamento. Ele sofreu escoriações na perna, joelho e tornozelo e um hematoma na cabeça.
Conforme o laudo, o rapaz teria sofrido uma pancada na cabeça e foi deixado no freezer, onde morreu por falta de ar – o eletrodoméstico não estava ligado. Para entrar no bar, Fábio teria pulado o muro dos fundos e entrado por um setor aberto, até chegar ao quiosque onde estava o freezer. O proprietário disse que o quiosque fica aberto, o que facilitou a entrada no local.
“O Fábio era um velho conhecido do bairro. Fazia limpeza para mim no bar. Ele conhecia bem o local e sabia como entrar e onde estava a bebida”, disse o dono do bar.
A morte teria ocorrido por volta das 5 horas do domingo. Minutos antes, Fábio conversou com uma moradora da rua Couto Magalhães e pediu abrigo, pois temia ser assassinado. Segundo o relato da mulher aos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fábio estava fugindo de algumas pessoas que queriam matá-lo - a vítima era usuária de drogas.
Por volta da 10 horas, o proprietário do bar localizou o corpo, que apresentava rigidez cadavérica. O corpo não estava congelado, pois o freezer foi desligado por volta da meia-noite para não congelar os refrigerantes, um artifício que o comerciante usa toda noite, após fechar o estabelecimento comercial.
“Quem descobriu (o corpo) foi um freguês que pediu um refrigerante. Pedi para ele pegar no freezer. Assustado, o cliente saiu correndo, dizendo que não tinha nada com isso. Fui verificar e vi o cadáver”, explicou o comerciante.
Conforme o proprietário do bar, ele achou que Fábio estivesse dormindo, mas ao descobrir que estava morto, ligou para a polícia. Fábio foi localizado com as pernas dobradas e aparentava estar dormindo, sem lesões aparentes.
Policiais que estiveram no local não descartam a hipótese de a vítima ter sido colocada no freezer. “O espaço é pequeno e tem duas tampas. É praticamente impossível a pessoa entrar sozinha e não sofrer lesões”, observou um policial. “Para a pessoa deitar-se em cima de garrafas, ficaria com hematomas, no mínimo nas mãos, o que não ocorreu”, completou.
A princípio, seria morte atípica, pois não havia lesões aparentes. Com o laudo de necropsia, a delegada Anaíde Barros instaurou inquérito e deverá ouvir as testemunhas nos próximos dias. A delegada quer dissipar todas as dúvidas a respeito do caso.
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