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Nacional
Quarta - 10 de Setembro de 2008 às 08:03
Por: Luísa Brito

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O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, perdeu mais de 2 milhões de passageiros (20,78%) na comparação de janeiro a julho de 2007 com o mesmo período deste ano, época na qual foram impostas várias restrições às operações aéreas no local, depois do acidente com o avião da TAM, em julho do ano passado, que causou a morte de 199 pessoas. Os dados são da Infraero.

O movimento de aeronaves no local caiu 13,69%, passando de 122.890 de janeiro a julho de 2007 para 106.067 na mesma época deste ano.

Com as restrições determinadas depois do acidente da TAM, o aeroporto passou a receber 30 movimentos por hora da aviação regular, entre pousos e decolagens, e quatro da aviação geral, que inclui jatos executivos. No primeiro semestre do ano passado, eram mais de 40 movimentos por hora, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Grande parte do movimento migrou para o aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, que teve aumento de 6,37% no número de aeronaves nos sete primeiros meses de 2008 comparado com o mesmo período do ano passado. Já o número de passageiros no local cresceu 16,4% no mesmo período.

De acordo com Edgard Brandão Júnior, assessor da presidência da Infraero, o impacto no número de aeronaves foi menor em Guarulhos porque o aeroporto recebe aviões maiores, com capacidade para mais passageiros. Brandão Júnior esteve na manhã de terça-feira (9) em uma coletiva de imprensa no Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista.

Guarulhos passou a ocupar com folga o primeiro lugar no ranking dos aeroportos mais movimentados em número de passageiros tendo recebido 12,1 milhões de janeiro a julho deste ano, contra os 7,9 milhões que passaram por Congonhas no mesmo período.

Na avaliação de Brandão Júnior, muitos vôos que passaram a operar em Guarulhos na época da reforma da pista de Congonhas (anterior ao acidente da TAM) não voltaram para o aeroporto da Zona Sul da capital. Com as restrições impostas ao aeroporto, as companhias tiveram de migrar definitivamente alguns vôos. “Houve também muita gente que mudou de hábito depois do acidente e passou a preferir Guarulhos a Congonhas”, afirmou Brandão Júnior.

O Campo de Marte também teve aumento no número de passageiros no mesmo período: 66,87%. O assessor atribui essa elevação a vários fatores, como a facilidade de conseguir operar vôos executivos do aeroporto - com mais disponibilidade que Congonhas -, a boa localização, e também o crescimento da aviação executiva no país. O movimento de aeronaves no local cresceu 15,19% de janeiro a julho de 2008 em comparação com o mesmo período do ano anterior.





Fonte: G1

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